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Paulo Dantas deve disputar vaga na Câmara em 2026 e fortalece articulação do PSD em Alagoas

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5/12/25

Governador de Alagoas, Paulo Dantas | Foto: Reprodução
O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), já é apontado como um nome forte para disputar uma das nove vagas do estado na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026. Com boas chances de êxito, Dantas deve migrar para o PSD, legenda que comanda atualmente em Alagoas e que trabalha na formação de uma chapa competitiva para o pleito nacional.

A possível candidatura do governador está sendo tratada como peça central na estratégia do PSD para fortalecer sua bancada federal. A sigla já articula a montagem de um grupo robusto que, segundo projeções internas, tem potencial para eleger pelo menos dois deputados federais. Com a entrada de Paulo Dantas, a expectativa é de que a chapa ganhe ainda mais força e possa garantir até três cadeiras no Congresso Nacional.

Atualmente, o PSD em Alagoas conta com o deputado federal Luciano Amaral, que também preside o diretório estadual do partido, além do vereador e ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira, nome que aparece com viabilidade eleitoral entre os pré-candidatos da legenda.

Nos bastidores, a movimentação é vista como um reposicionamento estratégico de Paulo Dantas após concluir seu mandato à frente do Executivo estadual. A entrada do governador na disputa federal deve reconfigurar a dinâmica eleitoral em Alagoas, influenciando inclusive a formação das chapas proporcionais e o equilíbrio de forças entre os grupos políticos locais.

O avanço do PSD com a possível candidatura de Dantas também sinaliza um reforço do partido no cenário nacional, consolidando sua presença em estados-chave e aumentando seu poder de articulação no Congresso a partir de 2027.

“Nunca fez nada por Alagoas”, diz Cabo Bebeto sobre proposta de conceder Medalha Zumbi dos Palmares à ministra Margareth Menezes

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5/10/25

Cabo Bebeto e Margareth Menezes | Foto: Reprodução
O deputado estadual Cabo Bebeto (PL) se posicionou de forma contundente nesta quarta-feira (7), durante sessão na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), contra a proposta de concessão da Medalha do Mérito Zumbi dos Palmares à ministra da Cultura, Margareth Menezes. Para o parlamentar, a homenagem não se justifica e fere os critérios históricos da honraria, que tradicionalmente reconhece personalidades com contribuições relevantes para a cultura e a história de Alagoas.

“Além da senhora Margareth Menezes nunca ter contribuído em nada para a cultura e as artes de nosso estado, seu nome está diretamente envolvido em questões, no mínimo, imorais”, afirmou Bebeto em plenário. Segundo ele, a ministra não apresenta qualquer vínculo ou atuação cultural significativa em Alagoas que justifique o reconhecimento.

O parlamentar citou diversas controvérsias envolvendo Margareth Menezes, incluindo uma dívida superior a R$ 1 milhão com a Receita Federal, originada de impostos não recolhidos por duas empresas ligadas à organização de seus shows. Uma dessas empresas, de acordo com ele, teria retido contribuições ao INSS de seus funcionários sem o devido repasse à Previdência Social.

Bebeto também destacou uma investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre um convênio firmado em 2010 entre o Ministério da Cultura e a Associação Fábrica Cultural, fundada por Margareth Menezes, que apontou falhas na execução dos recursos públicos. A entidade ainda atua no setor cultural, com projetos patrocinados por verbas públicas.

Outro ponto abordado pelo deputado foi a polêmica decisão da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Em 2023, o colegiado recomendou que a ministra se abstivesse de receber pagamentos oriundos de entes públicos. No entanto, a orientação foi posteriormente modificada, permitindo a realização de shows custeados por estados e municípios, desde que sem o uso de verbas federais. Bebeto criticou a revisão do parecer e lembrou que seis dos sete integrantes atuais da comissão foram indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a substituição de membros da gestão anterior.

Encerrando o pronunciamento, Cabo Bebeto mencionou que Margareth Menezes recebeu R$ 640 mil das prefeituras de Salvador e Fortaleza para apresentações durante o último Carnaval, além de outros contratos com apoio do governo da Bahia.

“Ela não é merecedora da Medalha Zumbi dos Palmares, pois nunca fez nada pela cultura de Alagoas”, finalizou.

A proposta de homenagem segue em tramitação na Assembleia e ainda não tem data definida para votação em plenário.

PT de Alagoas enfrenta enfraquecimento interno e perda de influência política

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6/28/25

 

Deputado Federal Paulão
A fragilidade do Partido dos Trabalhadores em Alagoas tem se revelado em diferentes frentes, evidenciando a dificuldade da sigla em renovar seus quadros com nomes competitivos e independentes, capazes de disputar eleições com reais chances de vitória. A atuação do deputado federal Paulão, figura histórica da legenda no estado, tem sido um dos pontos centrais desse desgaste.

Em um movimento que escancarou a tensão interna, Paulão tentou se firmar como o segundo nome do partido ao Senado, pressionando Renan Calheiros, mas acabou sendo ignorado. Renan, que exerce ampla influência sobre o PT alagoano, não considerou a investida uma ameaça concreta. Na prática, é ele quem dita os rumos do partido no estado.

Nas eleições para a Câmara Municipal de Maceió, a ausência de protagonismo de Paulão também ficou evidente. Os candidatos a vereador com menos ligação direta com o deputado foram justamente os que obtiveram maior votação dentro da sigla — um alerta preocupante, já que a capital alagoana sempre foi considerada seu principal reduto eleitoral.

No âmbito do governo estadual, as secretarias indicadas por Paulão enfrentam limitações severas: não dispõem sequer de orçamento para executar projetos básicos. Em paralelo, quando o governador Paulo Dantas deseja intermediar qualquer assunto diretamente com o presidente Lula, seu interlocutor preferencial é Renan Calheiros — não Paulão.

Outro episódio que ilustra a perda de espaço do PT alagoano é a nomeação da chefia do Incra em Alagoas. Apesar de o órgão historicamente estar ligado à pauta da reforma agrária, uma bandeira tradicional da esquerda, o partido não conseguiu emplacar um nome sequer. Hoje, esse setor está sob influência de Arthur Lira, que vem sendo tratado por Lula como aliado político.

Enquanto isso, Lira mantém o controle de estatais de grande porte, como a Chesf, a CBTU e a Codevasf — todas com orçamento bilionário. Já os Calheiros estão à frente do Ministério dos Transportes, também com recursos vultosos. O cenário aponta com clareza: Lula escolheu Renan e Lira como seus principais candidatos ao Senado por Alagoas.

Paulão, diante desse novo arranjo político, pode acabar ficando com um prêmio de consolação. Caso não consiga se reeleger, poderá ser agraciado com uma secretaria estadual de baixo impacto — com carro oficial, passagens, celular funcional e algum status. Mas pouca influência real.

Renan Filho na Casa Civil? Mudança no ministério agita bastidores em Brasília e Alagoas

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Renan Filho e Lula
Com o nome em destaque nos bastidores do poder, o ministro dos Transportes e senador licenciado por Alagoas, Renan Filho (MDB), emergiu como um forte candidato a assumir a chefia da Casa Civil da Presidência da República. A possibilidade, que agitou o cenário político em Brasília e em Alagoas na última quinta-feira (26), foi inicialmente reportada pela GloboNews e, posteriormente, admitida como uma hipótese em estudo pelo próprio presidente Lula.

A potencial nomeação de Renan Filho para o influente cargo é vista como parte de um esforço do presidente para solidificar sua base de apoio no Congresso Nacional. A manobra estratégica visa garantir maior estabilidade política e legislativa para o governo, que atravessa um período de popularidade em baixa.

À frente da pasta dos Transportes desde o início do governo, Renan Filho construiu uma imagem de gestor eficiente, com um alto volume de entregas e forte presença nacional. Seu desempenho o credencia para a nova missão, ao mesmo tempo em que a troca fortaleceria o MDB, partido considerado peça-chave para o projeto de governabilidade e para a futura campanha de reeleição de Lula em 2026, quando o presidente completará 81 anos.

A confirmação da mudança teria um duplo efeito: nacionalmente, projetaria ainda mais o político alagoano e concederia ao MDB um poder significativo no núcleo do governo. Em Alagoas, a ascensão de Renan Filho à Casa Civil alteraria profundamente as dinâmicas e as articulações do poder local.

Venda do sistema de saneamento de Alagoas à BRK Ambiental volta a gerar críticas após alagamentos em Maceió

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A privatização do sistema de saneamento básico de Alagoas, realizada em 2020 durante a gestão de Renan Filho, ex-governador e atual Ministro dos Transportes, voltou a ser alvo de duras críticas após os severos alagamentos e transbordos de esgoto causados pelas intensas chuvas nesta quarta-feira (5).

A BRK Ambiental, empresa que venceu o leilão por R$ 2,009 bilhões e assumiu a responsabilidade pela gestão dos serviços de distribuição de água e esgoto no estado por 35 anos, enfrenta agora o crescente descontentamento da população, que sofre com a ineficiência no atendimento e falhas na infraestrutura.

Os fortes alagamentos e os problemas de drenagem em várias áreas de Maceió e cidades da região metropolitana de Alagoas expuseram as falhas do sistema de saneamento básico, agora sob o comando da BRK Ambiental. Em meio ao impacto das chuvas, moradores e internautas não pouparam críticas à empresa, apontando a falta de preparo para lidar com a demanda, a falha na infraestrutura e a ineficácia no atendimento, especialmente nos casos de falta de água e vazamentos.

Em diversos relatos nas redes sociais, a população destacou que, enquanto as chuvas causavam estragos nas ruas, a empresa parecia não ter um plano eficiente para amenizar os danos. A população lembra ainda que a gestão de Renan Filho ofereceu o pacote de privatização como parte de uma política de desestatização, que visava modernizar o setor, mas que, na prática, deixou a desejar.

Federação entre União Brasil e PP pressiona Alfredo Gaspar a reavaliar futuro político em Alagoas

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5/05/25

Alfredo Gaspar | Foto: Reprodução
A formação da União Progressista, nova federação partidária que une o União Brasil e o Progressistas (PP), começa a provocar reações em diversas regiões do país — e em Alagoas, as movimentações já colocam em xeque a liderança do deputado federal Alfredo Gaspar na sigla.

Principal nome do União Brasil no estado, Gaspar pode perder o controle da legenda, uma vez que, com a federação, a direção política regional passa a orbitar em torno do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que também é líder do Progressistas e figura com influência decisiva sobre os rumos da nova união.

Diante desse novo cenário, Gaspar já avalia alternativas partidárias. Três siglas estão no radar do parlamentar: o Novo, o Republicanos e o PL — este último sob o comando do prefeito de Maceió, JHC, com quem Gaspar mantém diálogo político frequente.

Decisão depende da estratégia para 2026
A escolha de Alfredo Gaspar também passa por uma equação estratégica ligada às eleições de 2026. Se decidir disputar novamente uma vaga na Câmara dos Deputados, manter-se na União Progressista pode ser vantajoso, já que as chapas proporcionais estão bem estruturadas e com potencial competitivo.

No entanto, se a intenção for alçar voos mais altos — como uma possível candidatura ao Senado, especulada nos bastidores —, a necessidade de autonomia partidária se torna crucial. Nesse caso, filiar-se a um partido em que tenha maior controle sobre as decisões locais e espaço para protagonismo seria mais coerente com os objetivos.

Um novo xadrez político
A movimentação de Gaspar é observada com atenção por aliados e adversários. Sua saída da União Progressista pode ter efeitos colaterais na configuração da oposição e no equilíbrio de forças entre os grupos que disputam a hegemonia política em Alagoas.

Além disso, o deputado tem base consolidada e expressiva votação no estado, o que torna sua filiação cobiçada por partidos em busca de nomes fortes para compor chapas majoritárias e ampliar bancadas no Congresso.

Governador Paulo Dantas se casa com médica Júlia Britto em cerimônia na Catedral de Maceió

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5/03/25

Governador de Alagoas Paulo Dantas e esposa Júlia Britto | Foto: Reprodução
O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), oficializou sua união com a médica Júlia Britto na noite da última sexta-feira (2), em uma cerimônia religiosa realizada na Catedral Metropolitana de Maceió. O casamento, marcado por momentos de emoção e alegria, reuniu familiares, amigos e diversas autoridades políticas do estado.

Júlia Britto, de 27 anos, compartilhou neste sábado (3) registros do evento em seu perfil nas redes sociais. As fotos mostram o casal em instantes íntimos e marcantes da cerimônia, desde a entrada na igreja até a celebração com os convidados. Na legenda da publicação, Júlia escreveu uma mensagem de amor:
 

Hoje, diante de Deus, da nossa família e dos nossos amigos, faço a mais importante promessa da minha vida: te amar em todas as circunstâncias. Não apenas hoje, mas todos os dias, nos momentos felizes e nos desafiadores. Te amo hoje, amanhã e para todo sempre."

O relacionamento entre Paulo Dantas e Júlia Britto foi assumido publicamente em setembro de 2024. Desde então, o casal tem aparecido junto em eventos oficiais e vem ganhando a simpatia do público. Júlia é filha do médico Luís Alberto Rocha e neta da pianista Selma Britto.

Com o casamento, o governador entra agora em um período de licença de 20 dias para a lua de mel. Durante sua ausência, o vice-governador Ronaldo Lessa assume interinamente o comando do Executivo estadual.

JHC mantém suspense sobre futuro político: Senado ou Governo de Alagoas?

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5/08/25

JHC - Prefeito de Maceió AL | Foto: Reprodução
A movimentação política em Alagoas começa a esquentar com a aproximação das eleições de 2026, e um dos principais protagonistas do cenário local, o prefeito de Maceió, JHC (PL), segue alimentando dúvidas sobre qual cargo irá disputar: Senado ou Governo do Estado.

Nos bastidores de Brasília, um importante interlocutor da política alagoana com assento no Congresso Nacional garantiu que ouviu do próprio prefeito a intenção de disputar uma vaga no Senado Federal no próximo ano. A declaração, segundo ele, foi feita durante uma conversa informal registrada nesta semana.

No entanto, a versão que circula na Prefeitura de Maceió aponta em outra direção. De acordo com fontes próximas ao gestor, JHC já teria decidido deixar o cargo até abril de 2026 com o objetivo de concorrer ao governo estadual. “Ele hoje simboliza o novo. É um cara jovem, simpático, carismático, realizador e tem coragem de ir para a luta”, afirmou um dos interlocutores mais influentes do grupo político do prefeito.

Enquanto isso, o próprio JHC evita confirmar qualquer das possibilidades publicamente, o que mantém em aberto o cenário eleitoral e gera especulações tanto entre aliados quanto entre adversários. A decisão final deverá ser tomada nos próximos meses, considerando o prazo de desincompatibilização exigido por lei e a estratégia de fortalecimento do seu grupo político para a disputa majoritária.

Com alta popularidade na capital e forte presença nas redes sociais, JHC é visto como um nome competitivo para ambos os cargos. Resta saber qual será a aposta definitiva do prefeito para 2026.

Deputado alagoano acusa Governo Lula de "roubo" no escândalo do INSS

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5/07/25

Cabo Bebeto | Foto: Reprodução
A Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) foi palco de mais um capítulo da intensa polarização política entre os deputados estaduais Cabo Bebeto (PL) e Ronaldo Medeiros (PT) nesta terça-feira (6). O centro do debate foi o escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS, que, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), já acumula prejuízos de R$ 6,5 bilhões.

Cabo Bebeto iniciou o debate após a votação da Ordem do Dia, classificando o esquema como "roubo" e responsabilizando diretamente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado citou reportagens sobre o caso, detalhando o esquema de associações que cadastravam aposentados sem autorização, utilizando assinaturas falsas para realizar descontos e movimentando bilhões em empréstimos consignados. "O Congresso quer instalar uma CPMI para investigar, mas o governo do amor, o país dos pobres, não quer deixar. Por que será?", questionou Bebeto.

Ronaldo Medeiros, por sua vez, rebateu as acusações, defendendo o governo Lula e atribuindo o início das fraudes à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Sete das nove maiores entidades envolvidas nas fraudes foram credenciadas durante o governo Bolsonaro. Se há roubo, ele começou lá atrás, no governo mais corrupto e mais agressivo que esse país já teve", afirmou o petista. Medeiros ainda argumentou que as investigações só avançaram agora devido à "Polícia Federal livre" do governo atual.

A acalorada discussão levou o deputado Antônio Albuquerque (Republicanos) a intervir, expressando preocupação com a polarização excessiva no plenário. Segundo Albuquerque, o debate ideológico, com fins eleitorais, está desgastando a ALE. "Precisamos voltar a discutir os problemas de Alagoas e buscar soluções concretas", declarou. Ele defendeu que o escândalo do INSS seja tratado pelas autoridades competentes e que a resposta da sociedade venha "nas urnas, no tempo certo".

A troca de acusações entre os deputados Bebeto e Medeiros evidencia a profunda divisão política que permeia a ALE, com o escândalo do INSS servindo como pano de fundo para o embate ideológico. A repercussão do caso e a possível instalação de uma CPMI no Congresso Nacional devem manter o tema em evidência nas próximas semanas.

JHC deve renunciar à Prefeitura de Maceió em 2026 e mira cargo majoritário nas próximas eleições

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5/05/25

Prefeito de Maceió, JHC | Foto: Reprodução
O cenário político de Alagoas já começa a se redesenhar para 2026, e um dos protagonistas dessa movimentação é o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC). Segundo fontes próximas e interlocutores políticos de peso, o gestor da capital alagoana deverá renunciar ao cargo em abril do próximo ano, respeitando o prazo legal de desincompatibilização para concorrer a um novo cargo eletivo.

Embora JHC ainda não tenha tornado pública sua decisão, o debate sobre seu futuro político gira em torno de duas opções: o Governo de Alagoas ou o Senado Federal. Fontes ligadas ao prefeito, incluindo políticos com mandato no Congresso Nacional, afirmam que ele já confidenciou sua intenção de disputar o Senado. 

Ele me disse que será candidato a senador em 2026. Nem cheguei a perguntar. Ele me encontrou e fez esta confidência”, revelou um interlocutor influente em Brasília, em conversa reservada.

Apesar dessa declaração, a decisão final ainda não está sacramentada. O próprio aliado admite que a escolha de JHC poderá mudar conforme o tabuleiro político evoluir: “Ele vai para o Senado se o Renan Filho for para o governo. Mas, se o ministro não for candidato, ele poderá ser candidato a governador”, explicou, referindo-se ao atual ministro dos Transportes e senador licenciado, Renan Filho (MDB).

Discrição estratégica e movimentações em Brasília
Nos bastidores, JHC tem atuado com cautela. Evita declarações públicas sobre o pleito de 2026, mas mantém intensa agenda em Brasília, onde participa de articulações políticas e mantém diálogo constante com lideranças nacionais, de olho em alianças estratégicas.

Enquanto isso, aliados mais próximos já trabalham com a ideia de que o prefeito deixará o cargo em abril de 2026, exatamente onze meses a partir de agora, para se viabilizar eleitoralmente. O prazo segue a regra da Justiça Eleitoral, que exige desincompatibilização de gestores executivos até seis meses antes da eleição.

Especulações devem continuar
Com a indefinição entre Senado e Governo do Estado, o clima de expectativa deve perdurar pelos próximos meses. A confirmação da candidatura — seja qual for o cargo — só deve ocorrer no início de 2026, quando o cenário político estiver mais claro, especialmente em relação aos movimentos de Renan Filho e do MDB no estado.

Dança das cadeiras: A busca pelo vice de Lula em 2026

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Presidente Lula | Foto: Reprodução

A definição do candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva para 2026 ainda está em aberto, mas os bastidores da política já fervem. Se a escolha de Geraldo Alckmin em 2022 foi um acerto estratégico, capaz de ampliar o diálogo para além da base petista, a nova escolha segue o mesmo caminho: buscar um nome capaz de dialogar com o centro e a direita moderada.

O atual vice-presidente tem espaço garantido em 2026, mas, ao que tudo indica, não ao lado de Lula. O ex-governador de São Paulo deve ser peça-chave na disputa pelo governo paulista, onde pode enfrentar Tarcísio de Freitas (PL) ou buscar uma cadeira no Senado. Qualquer que seja o caminho, sua presença será valiosa para o governo federal, garantindo força em um estado essencial para qualquer projeto de poder.

Nos corredores do Palácio do Planalto e entre os aliados, três partidos despontam como protagonistas na escolha do vice: PSB, MDB e PSD.


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PSB: O partido de Alckmin não pretende abrir mão da vaga. Se o petista conquistou a reeleição em 2022 com o apoio socialista, por que mudar a estratégia? O problema é que a disputa não será fácil.

MDB: O partido tem dois nomes fortes: Helder Barbalho, governador do Pará, e Renan Filho, ministro dos Transportes e ex-governador de Alagoas. Ambos têm capilaridade nacional e bom trânsito político.

PSD: Gilberto Kassab, líder da sigla, já deixou claro que deseja protagonismo.

Renan Filho no radar

O presidente Lula, que comentou o tema nesta quarta-feira (5), fez questão de manter a diplomacia, mas não esconde que @renanfilho está na disputa. O ministro dos Transportes tem a vantagem de não precisar disputar nada em 2026, já que seu mandato no Senado vai até 2030. Assim, pode se movimentar sem pressa, enquanto observa o tabuleiro político.

Se a costura política apontar para outro rumo, Renan Filho ainda tem um plano B: disputar o governo de Alagoas, onde seu nome desponta como favorito.

O cenário ainda está indefinido, e os embates entre PSB e MDB mostram que a escolha não será pacífica. Mas uma coisa é certa: Lula sabe que precisa de um vice que cumpra o papel de Alckmin em 2022.

Ministro Barroso emociona-se ao homenagear juiz Edinaldo César no Encontro de Direitos Humanos na Serra da Barriga

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6/08/25

 

Ministro Barroso emociona-se ao homenagear juiz Edinaldo César no Encontro de Direitos Humanos na Serra da Barriga

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, marcou presença de forma profunda no I Encontro Nacional de Órgãos e Assessorias de Direitos Humanos do Judiciário Brasileiro, realizado na última segunda-feira, dia 2, na histórica Serra da Barriga, em União dos Palmares. O evento foi uma importante iniciativa de Pedro Montenegro, coordenador de Direitos Humanos do Tribunal de Justiça de Alagoas.

Durante seu discurso, Barroso refletiu sobre os desafios enfrentados e as políticas antirracistas que se fazem urgentes. “Precisamos pensar o racismo para além das barreiras e dos acessos negados. O combate ao racismo estrutural é uma agenda que não podemos mais ignorar”, afirmou com convicção.

O ministro mostrou-se atento às demandas locais e garantiu empenho para buscar, junto ao STF, soluções efetivas.

No meio da fala, tomado por grande emoção, Barroso recordou a morte repentina do jovem juiz Edinaldo César Santos Júnior, a quem chamou de “amigo” e “profissional dedicado à luta incansável contra o racismo estrutural”. Destacou sua trajetória e a importância de sua contribuição para o Judiciário brasileiro.

A voz do ministro falhou, embargada pela tristeza da perda de um colega e companheiro de batalha.

Ali, naquele platô sagrado da Serra da Barriga, berço de resistência e história em Alagoas, testemunhei um homem do Supremo chorar.

Humanidade em sua forma mais pura.

Que o juiz Edinaldo César Santos Júnior seja acolhido pela luz e pela espiritualidade que tanto merece.

JHC mantém silêncio e aguarda nomeação de tia ao STJ para definir rumos políticos em Maceió

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4/22/25

JHC e Marluce | Foto: Reprodução
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, adota uma postura de silêncio absoluto sobre seus próximos passos políticos, mantendo em suspenso decisões cruciais sobre a gestão municipal e alianças partidárias. 

Nos bastidores, aliados revelam que qualquer movimento significativo — como uma reforma administrativa, adesão à base do presidente Lula ou aproximação com a família Calheiros — depende da nomeação de sua tia, a procuradora de Justiça do Ministério Público de Alagoas (MPAL) Marluce Caldas, para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Enquanto o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, não define o destino de Marluce, JHC evita comentar planos com aliados, vereadores da base ou secretários. A indefinição alimenta especulações no cenário político alagoano: estaria o prefeito de malas prontas para migrar ao PSB? Planejaria candidaturas ao governo do estado ou ao Senado em 2026? Nenhuma dessas questões encontra resposta oficial.

Fontes próximas ao prefeito sugerem que possíveis alianças com Lula e os Calheiros poderiam fortalecer a indicação de Marluce ao STJ, o que explicaria a cautela de JHC. 


*Com informações | Alagoas Minuto

De saída do PL, JHC negocia retorno ao PSB para fortalecer laços com o governo Lula e emplacar tia no STJ

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5/13/25

Lula e JHC | Foto: Reprodução
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC, está em negociações avançadas para deixar o Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, e retornar ao PSB, partido da base do governo Lula. A movimentação ocorre em meio a articulações nos bastidores para tentar emplacar sua tia, a procuradora Maria Marluce Caldas Bezerra, do Ministério Público de Alagoas, em uma das vagas em aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Reeleito com expressiva votação em 2024 – 83,25% dos votos válidos –, JHC contou com o apoio direto de Bolsonaro e com R$ 6,2 milhões oriundos do fundo eleitoral do PL. Agora, no entanto, o prefeito mira a aproximação com o Palácio do Planalto, especialmente diante da resistência do presidente Lula em indicar nomes apadrinhados pela oposição para cargos estratégicos no Judiciário.

Segundo dirigentes do PSB, o retorno de JHC ao partido é considerado “muito provável”, embora não haja uma data definida. O movimento conta com apoio do prefeito de Recife, João Campos, que assume em breve o comando nacional da sigla e já declarou apoio à reeleição de Lula.

Reviravolta política

A intenção inicial de JHC era migrar para o PSD de Gilberto Kassab, com quem vinha mantendo conversas desde o início do ano. No entanto, a articulação do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e do senador Renan Calheiros (MDB), resultou na filiação do deputado federal Luciano Amaral – primo de Dantas – ao PSD, consolidando uma aliança entre PSD e MDB que inviabilizou a entrada de JHC no partido.

“Não é que os Calheiros e Paulo Dantas barraram a ida do JHC para o PSD. Na verdade, eles conseguiram impedir”, relatou um cacique do PSD envolvido nas negociações.

Com a porta fechada no PSD e a crescente aproximação com figuras da base governista, o PSB passou a ser o caminho mais viável para o prefeito, tanto política quanto estrategicamente, visando garantir apoio à nomeação de sua tia para o STJ.

Desconfiança no PSB e críticas no PL

Apesar da receptividade entre as lideranças nacionais do PSB, há resistência interna ao retorno de JHC. Dirigentes locais lembram que o prefeito deixou o partido em 2022 para se aliar a Bolsonaro, tendo inclusive anunciado sua filiação ao PL ao lado do então presidente no Palácio da Alvorada, entre o primeiro e o segundo turno das eleições.

“A palavra dele não vale nada. Se ele já saiu uma vez do PSB, quem garante que não vai sair de novo depois que a tia for indicada?”, questiona, reservadamente, um dirigente socialista.

Já no PL, a movimentação de JHC é encarada como traição. A legenda custeou a maior parte da campanha do prefeito em 2024 e agora vê com surpresa e desconforto sua possível migração para um partido alinhado ao presidente Lula.

Apesar de negar publicamente qualquer mudança partidária, aliados de JHC confirmam a articulação nos bastidores e reforçam que o prefeito não deseja “perder o bonde” da relação com o governo federal. Em um cenário político cada vez mais polarizado, a movimentação é vista como uma jogada estratégica para manter influência em Brasília – e, possivelmente, garantir um lugar para a família no STJ.

Assembleia legislativa cria armadilha orçamentária que enfraquece próximo governador de Alagoas

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5/09/25

Renan Filho e JHC | Foto: Reprodução
No apagar das luzes de 2024, a Assembleia Legislativa de Alagoas aprovou um conjunto de medidas que limita severamente o poder do futuro governador e fortalece o domínio político dos deputados estaduais. As mudanças, que alteram a execução da lei orçamentária e ampliam o controle do Legislativo sobre os recursos públicos, obrigarão o próximo chefe do Executivo — seja Renan Filho (MDB) ou JHC (PL) — a negociar com a Casa de Tavares Bastos até a escolha do vice-governador.

Para JHC, o desafio é ainda maior, já que a maioria dos deputados estaduais pertence ao grupo político de Renan Filho, com exceção do aliado Cabo Bebeto. No caso de Renan Filho, há quem diga que a escolha do vice passará diretamente pela chancela — ou até pela indicação — da Assembleia.

Entre as mudanças aprovadas está a retirada do poder do governador de autorizar a abertura de créditos suplementares. Essa atribuição, essencial para a gestão de recursos públicos, passou a ser de responsabilidade dos presidentes dos poderes Legislativo e Judiciário, além dos chefes do Ministério Público e da Defensoria Pública. Caberá a eles decidir o que precisam de verba extra, comunicar ao governador, e este, por sua vez, apenas repassa o pedido à Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag).

A Assembleia também garantiu um reforço milionário nos próprios cofres parlamentares. O percentual de emendas impositivas individuais subiu de 1% para 1,55% da Receita Corrente Líquida, e ainda foi criada uma nova modalidade de emenda — as das comissões permanentes — no valor de 0,55% da mesma receita.

Mais grave: os recursos podem ser enviados para qualquer município alagoano sem a necessidade de assinatura de convênios ou prestação de contas, criando um cenário que escancara riscos de uso político e irregular dos recursos públicos. As alterações colocam no passado escândalos como os das operações Sururugate e Taturana.

Indefinição de JHC freia articulações do PL em Alagoas para 2026

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5/20/25

JHC, prefeito de Maceió | Foto: Reprodução
O maior partido do país, o Partido Liberal (PL), encontra-se em um compasso de espera em Alagoas, com as articulações para as eleições de 2026 paralisadas devido à indefinição política de seu líder no estado, o prefeito de Maceió, JHC.

Apesar de não haver reclamações internas explícitas, membros do partido que almejam candidaturas em 2026 admitem que a falta de um direcionamento claro por parte de JHC impede o desenvolvimento de projetos de médio prazo. A incerteza sobre os rumos do PL no estado tem gerado um clima de apreensão entre os potenciais candidatos, que aguardam um posicionamento do presidente estadual da sigla.

A expectativa é que, com uma sinalização do prefeito de Maceió, o cenário político alagoano comece a se desenhar de forma mais clara, permitindo que as legendas e os pré-candidatos tracem seus planos com maior segurança.


Davi Davino e Albuquerque tentam frear federação entre Republicano e MDB em Alagoas

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5/15/25

Desde o anúncio feito por Renan Filho sobre seu desejo firme de formar uma federação entre MDB e Republicanos em Alagoas, a cena política local entrou em clima de intensa movimentação. Dois nomes importantes, Davi Davino e Antônio Albuquerque, têm se mobilizado de todas as formas para tentar barrar essa composição.

A principal preocupação desses líderes é o poder que a união entre MDB e Republicanos poderá concentrar nas mãos da família Calheiros — pai e filho — que, segundo aliados e adversários, dominariam a política alagoana caso a federação seja concretizada.

Para Davi Davino, a federação representa uma derrota estratégica: ele sabe que ficará fora da disputa ao Senado, uma das principais metas dos emedebistas locais, caso a aliança seja oficializada.

Nos bastidores, a disputa é dura e envolve manobras políticas intensas. O que está em jogo não é apenas uma federação partidária, mas o controle do poder no estado. Como se diz no meio político, “é jogo bruto” — e a batalha promete ser acirrada nos próximos meses.

Com Renan e Renan Filho já em campanha, o clã Calheiros enfrenta outras pendências familiares

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5/08/25

Remi Calheiros e Olavo Neto | Foto: Reprodução

A tradicional família Calheiros tem uma cadeira quase garantida na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) e, com mais de um nome disputando a vaga, a escolha sobre quem irá ocupar o cargo promete movimentar os bastidores políticos.

Atualmente, Remi Calheiros, que figura discretamente no cenário político, parece ser o favorito para a vaga, mas Olavo Neto, ex-prefeito de Murici e filho do também ex-prefeito Olavo (pai), também está na fila, aguardando sua vez para ocupar o cargo. A disputa, no entanto, não é inédita, já que o poderio político da família é conhecido por conseguir sempre chegar a um consenso no fim das contas, mesmo que haja diferentes nomes para a mesma posição.

A questão, como sempre, gira em torno de quem, dentro da família, será o escolhido para representar a linhagem política dos Calheiros na ALE. O dinheiro não parece ser um problema para ambos, já que a família tem ampla experiência em movimentações financeiras e políticas. O grande dilema agora é saber se haverá algum impasse ou se a escolha será tranquila, como tem acontecido em outras ocasiões.

No entanto, a expectativa é que a decisão seja tomada em breve, com os envolvidos se ajustando à dinâmica familiar e política, garantindo o equilíbrio entre os interesses e a continuidade da presença da família Calheiros na política alagoana.

Alfredo Gaspar defende suspensão da ação penal sobre suposta tentativa de golpe e afirma: “Não estou aqui para proteger criminoso”

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5/07/25

Alfredo Gaspar | Foto: Reprodução
Durante sessão na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (7), o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil/AL) se posicionou de forma firme como relator do projeto que pede a suspensão da ação penal referente à suposta tentativa de golpe de Estado no país. O parlamentar, que é ex-procurador-geral de Justiça de Alagoas, defendeu que o processo seja paralisado, destacando preocupações com garantias legais e o devido processo.

“Eu não estaria sentado aqui para proteger criminoso”, afirmou Gaspar, em um dos momentos mais incisivos de sua fala. Para ele, a suspensão da ação penal é necessária diante de possíveis excessos cometidos durante as investigações e da necessidade de respeitar os direitos fundamentais dos acusados.

A posição de Alfredo Gaspar repercutiu fortemente entre os parlamentares e nos bastidores políticos, sendo vista como um gesto de independência e compromisso com a legalidade. A votação sobre o parecer ainda será concluída, mas o relatório já dividiu opiniões na Casa, refletindo a polarização em torno do caso.

Até o momento, o Supremo Tribunal Federal mantém o andamento das ações contra os acusados de participar da articulação antidemocrática. O parecer de Gaspar pode abrir caminho para um novo debate sobre os limites das investigações e o papel do Congresso diante de processos que envolvem agentes políticos e militares.

Assista:

Fernando Collor de Mello, ex-presidente e fundador da TV Gazeta, é preso pela Polícia Federal em Maceió

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4/25/25

Fernando Collor | Foto: Reprodução
O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), às 4h, em Maceió, Alagoas, quando se preparava para viajar a Brasília para se entregar à Polícia Federal. A detenção foi determinada na noite de quinta-feira (23) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o esgotamento dos recursos no processo em que Collor foi condenado por corrupção.

Segundo o advogado criminalista Marcelo Bessa, “o ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana”. A condenação, decorrente da Operação Lava-Jato, refere-se a um esquema de corrupção na BR Distribuidora, onde Collor foi sentenciado a oito anos e dez meses de prisão em regime inicial fechado.

Na decisão, Moraes detalhou que Collor, com auxílio dos empresários Luís Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu R$ 20 milhões em propina para facilitar contratos irregulares da BR Distribuidora com a UTC Engenharia, destinados à construção de bases de distribuição de combustíveis. A vantagem ilícita foi oferecida em troca de apoio político para a indicação e manutenção de diretores da estatal.

Recursos rejeitados e prisão imediata

Na quinta-feira (23), Moraes rejeitou o segundo recurso da defesa de Collor (embargos infringentes), que questionava a dosimetria da pena com base em votos vencidos de ministros do STF, como André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. A defesa argumentou que o recurso deveria ser analisado pelo plenário do STF, mas Moraes considerou que ele tinha caráter “meramente protelatório”, autorizando o cumprimento imediato da pena.

O ministro destacou que embargos infringentes só são cabíveis quando há pelo menos quatro votos absolutórios, o que não ocorreu no caso. Ele também reforçou que o STF tem jurisprudência consolidada contra a admissibilidade de recursos que questionem apenas a dosimetria da pena.

Julgamento no STF

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, incluiu o processo na pauta da sessão virtual do plenário desta sexta-feira (25), com início às 11h e término às 23h59, para que os ministros decidam se mantêm a prisão de Collor. A Corte já havia rejeitado anteriormente outros recursos do ex-presidente (embargos de declaração), nos quais ele alegava que a pena não correspondia ao voto médio do plenário.

Outros condenados

Na mesma decisão, Moraes determinou o cumprimento das penas dos outros envolvidos no esquema. Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, condenado a quatro anos e um mês em regime semiaberto, e Luís Pereira Duarte de Amorim, que recebeu penas restritivas de direitos, também terão suas sentenças executadas imediatamente.

A prisão de Collor marca um desfecho significativo em um dos casos de corrupção revelados pela Operação Lava-Jato, reforçando a atuação do STF no combate a crimes envolvendo figuras políticas de alto escalão.

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