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Festa do Milho está de volta em União dos Palmares com grandes atrações e estrutura especial para o público

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5/09/25

Festa do Milho está de volta em União dos Palmares  | Foto: Reprodução
O prefeito de União dos Palmares, Júnior Menezes, anunciou oficialmente, durante uma live nas redes sociais, o retorno da tradicional Festa do Milho, que será realizada entre os dias 12 e 14 de junho, no Espaço Jatobá. O evento promete resgatar as tradições culturais e valorizar a história do município, atraindo moradores e visitantes para três dias de muita música e celebração.

Segundo o prefeito, o Espaço Jatobá receberá uma estrutura especial para sediar o evento. “Vamos divulgar em breve como vai ficar o Espaço Jatobá, mas posso garantir que terá um palco muito bonito e um espaço incrível para tirar fotos”, destacou Júnior Menezes.

Um dos destaques da festa será o cuidado especial voltado para o público feminino. “Os banheiros femininos serão todos climatizados. As mulheres vão ter um ambiente confortável, com espelhos, sofás e a possibilidade de descansar enquanto se preparam para a festa”, explicou o prefeito. Além disso, a entrada do evento contará com um portal decorado, reforçando o clima festivo e acolhedor.

A programação musical promete agradar públicos de todas as idades, com nomes consagrados do forró e da música nordestina. Confira:

Programação da Festa do Milho 2025 

Quinta-feira – 12 de junho

Jorge de Altinho
Luan Estilizado
Carol Albuquerque
José Orlando

Sexta-feira – 13 de junho

Elba Ramalho
Thales Play
Karisma
Pitu – O Rei da Farra

Sábado – 14 de junho

Flávio José
Taty Girl
Berg Gonzaga
Daniel Fernandes
Tyco

A expectativa da gestão municipal é de que a Festa do Milho aqueça a economia local, impulsione o turismo e fortaleça a identidade cultural de União dos Palmares. A organização garante segurança, estrutura e conforto para todos os participantes.

Gilmar Mendes nega afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

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5/08/25

Ednaldo Rodrigues - Foto: Lucas Figueiredo / CBF
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira (7) o pedido de afastamento de Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A solicitação foi apresentada pela deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), conhecida como Daniela do Waguinho, e por Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade.

Entre os principais argumentos apresentados à Corte, destaca-se a suspeita de falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, ex-vice-presidente da CBF, no acordo homologado pelo STF em fevereiro para encerrar a disputa judicial sobre a presidência da entidade. Segundo a deputada, Nunes enfrenta sérios problemas de saúde desde 2023 e não teria condições cognitivas para ter assinado espontaneamente o documento.

Apesar da gravidade da denúncia, Gilmar Mendes considerou o pedido juridicamente improcedente. Em sua decisão, afirmou que “não há que se falar em reconsideração da decisão cautelar, uma vez que ela já esgotou os efeitos e não mais vigora, dada a insubsistência dos requisitos fáticos e jurídicos que outrora legitimaram o seu provimento”.

Mesmo mantendo Ednaldo no comando da CBF, o ministro determinou que a Justiça do Rio de Janeiro investigue as alegações de falsificação. “Os documentos juntados pelos ora peticionantes trazem notícias e graves suspeitas de vícios de consentimento capazes de macular o negócio jurídico entabulado”, destacou Mendes.

Contexto do caso

A crise envolvendo a presidência da CBF ganhou novo capítulo em dezembro de 2023, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu afastar Ednaldo Rodrigues. A medida atendeu a uma ação de ex-dirigentes da entidade que perderam seus cargos após a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público e a CBF, em 2022. O TAC previa, entre outras medidas, a realização de nova eleição, da qual Ednaldo saiu vencedor.

A decisão do TJ-RJ considerou o TAC ilegal, o que reacendeu a disputa pelo comando da entidade. Em resposta, Gilmar Mendes concedeu uma liminar para manter Ednaldo no cargo até nova deliberação judicial. Meses depois, o ministro homologou um novo acordo firmado entre a CBF, cinco dirigentes e a Federação Mineira de Futebol, encerrando temporariamente o imbróglio jurídico.

Agora, com a apuração da suposta falsificação de assinatura, a crise na entidade máxima do futebol brasileiro ganha novo desdobramento, mantendo o ambiente de instabilidade nos bastidores da CBF.

Brasil diz aos EUA: PCC e CV são crime organizado, não terrorismo

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5/07/25

Dias de terror com dezenas de ônibus queimados que causaram o fechamento de diversas via no RJ | Foto: PMRJ
Técnicos do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberam nesta terça-feira (6) representantes do governo Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, para discutir o enfrentamento a organizações criminosas e possíveis acordos de cooperação internacional. Durante o encontro, os brasileiros deixaram claro que, segundo a legislação nacional, facções como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) não podem ser enquadradas como organizações terroristas.

A comitiva norte-americana está em Brasília para uma série de reuniões sobre segurança pública, terrorismo e imigração. Os técnicos dos EUA defenderam a tese de que organizações criminosas transnacionais, como PCC e CV, deveriam ser classificadas como terroristas — argumento já adotado pelos norte-americanos em relação à gangue venezuelana Tren de Aragua.

No entanto, os coordenadores do MJSP explicaram que, no Brasil, o conceito legal de terrorismo está ligado a crimes motivados por ódio, religião ou política, o que não se aplica às facções brasileiras, que operam principalmente com foco no tráfico de armas e drogas e com motivação financeira.

Na véspera da reunião, os representantes dos EUA haviam recebido um dossiê das Secretarias de Segurança Pública do Rio de Janeiro e de São Paulo, entregue pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O documento relaciona as facções PCC e CV a possíveis atos terroristas e cita supostos vínculos com o grupo libanês Hezbollah.

Além do tema das facções, os norte-americanos também expressaram preocupação com questões ligadas à imigração — uma das bandeiras centrais do segundo mandato de Donald Trump na Casa Branca.

Participaram da reunião sete técnicos brasileiros e sete representantes enviados pelos EUA. A expectativa é que novos encontros ocorram ainda nesta semana, visando aprofundar o diálogo sobre segurança regional e cooperação internacional.

Entidades suspeitas de fraude no INSS mudam de nome e voltam a faturar milhões nos governos Bolsonaro e Lula

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5/06/25

Sede do INSS | Foto: Reprodução
Duas entidades investigadas por participação no esquema bilionário de fraudes contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) conseguiram burlar as sanções impostas anteriormente, mudaram de nome e voltaram a firmar contratos com o governo para aplicar descontos mensais nas aposentadorias de milhares de beneficiários. O retorno ao sistema ocorreu após a rescisão de acordos por irregularidades, ainda durante o governo Bolsonaro (PL), e se manteve no governo Lula (PT).

A reativação desses contratos possibilitou às entidades a retomada de arrecadações milionárias, mesmo após denúncias de irregularidades na filiação de segurados e milhares de ações judiciais. O escândalo, revelado pelo portal Metrópoles em dezembro de 2023, levou à abertura de investigações pela Polícia Federal e abasteceu os trabalhos da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 reportagens do site foram anexadas ao pedido que resultou na Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril. A operação culminou nas exonerações do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Entre as entidades envolvidas estão a Associação Brasileira de Aposentados e Pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (ABRAPPS), antiga ANAPPS, e a Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN), anteriormente chamada ABSP. Ambas haviam sido descredenciadas em 2019 e 2020, respectivamente, devido a suspeitas de fraudes nos descontos aplicados aos aposentados.

Segundo auditoria interna do INSS, a ABRAPPS havia sido impedida de assinar novo acordo por seu histórico de ações judiciais envolvendo descontos não autorizados. No entanto, em setembro de 2021, durante o governo Bolsonaro, a decisão foi revertida, e a entidade voltou a ter um convênio ativo. Em 2024, já contava com 5.550 filiados com descontos mensais diretos em suas aposentadorias. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) revelam que a entidade, que não recebia repasses antes, alcançou quase R$ 2 milhões em 2023. No site Reclame Aqui, 74% das 196 reclamações contra a ABRAPPS foram sobre cobranças indevidas.

Já a AAPEN teve seu acordo rescindido em fevereiro de 2020, ainda como ABSP, após fiscalização. Mesmo com dois indeferimentos de novos contratos, a entidade conseguiu reverter a decisão em março de 2023, já sob a gestão do presidente Lula. Em 2024, registrava 491.925 aposentados com descontos ativos. A investigação da PF mostrou que, em uma amostra de 210 beneficiários descontados pela associação, 100% alegaram nunca ter autorizado a cobrança.

A AAPEN figura como a quarta entidade com maior número de solicitações de exclusão de desconto não autorizado e, segundo a auditoria do INSS, já arrecadou R$ 23,9 milhões — com projeções de atingir até R$ 178 milhões.

No centro das investigações está a ex-presidente da AAPEN, a advogada e servidora federal aposentada Cecília Mota. Segundo a PF, ela teria movimentado R$ 14 milhões, repassando valores de associações investigadas a empresas e familiares de dirigentes do INSS. Cecília também realizou 33 viagens, algumas internacionais, durante o auge das operações suspeitas. Segundo o Portal da Transparência, ela recebe uma pensão do INSS desde 1990, atualmente no valor de R$ 10,6 mil mensais.

Fraude no INSS: presidentes de associações investigadas recebiam Bolsa Família e Auxílio Brasil

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5/05/25

Bolsa Família | Foto: Reprodução
A Polícia Federal (PF) identificou que presidentes de entidades envolvidas em um esquema bilionário de fraudes com aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) eram, simultaneamente, beneficiários de programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família, o Auxílio Brasil e estavam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais. As informações constam no inquérito obtido pela CNN no último sábado (3).

Entre as entidades investigadas estão a Associação dos Aposentados e Pensionistas Brasileiros (AAPB), a Associação Brasileira dos Servidores Públicos (ABSP), também conhecida como Associação dos Aposentados e Pensionistas do Nacional (AAPEN), e a Associação dos Aposentados e Pensionistas dos Regimes Geral e Próprio da Previdência Social (Universo). Segundo a PF, as associações estão no centro de um esquema que pode ter movimentado bilhões de reais.

O relatório da PF aponta que, ao menos cinco dirigentes dessas instituições estavam registrados como pessoas de baixa renda, o que levanta dúvidas sobre a capacidade gerencial dessas lideranças frente ao volume de recursos administrados.

Veja o perfil de algumas das presidentes identificadas pela PF:

Maria Ferreira da Silva: assumiu a presidência da AAPB em novembro de 2021. Está inscrita no CadÚnico, com renda familiar per capita declarada de R$ 1.320;

Maria Liduina Pereira de Oliveira: assumiu a AAPB em fevereiro de 2022. Recebeu o Bolsa Família até outubro de 2015;

Maria Eudenes dos Santos: preside a ABSP/AAPEN desde novembro de 2022. Foi beneficiária do Bolsa Família até julho de 2021 e do Auxílio Brasil até fevereiro de 2022. Também consta no CadÚnico, com renda per capita de R$ 1.320;

Francisca da Silva de Souza: assumiu a presidência da ABSP/AAPEN em janeiro de 2024. Foi beneficiária do Bolsa Família até 2015;

Valdira Prado Santana Santos: preside a Universo desde janeiro de 2021. Está registrada no CadÚnico.

Além da vulnerabilidade econômica, os investigadores destacam que muitos dos presidentes têm idade avançada, aposentadoria por incapacidade permanente, baixa escolaridade e nenhum vínculo formal anterior de trabalho, o que, segundo a PF, comprometeria a capacidade de gerenciar associações de porte nacional.

“Embora não haja impedimentos legais para que pessoas com essas características assumam funções gerenciais, a complexidade das atividades e a amplitude das ações necessárias — com atuação em mais de 4 mil municípios — demandam experiência e articulação que, eventualmente, essas pessoas não possuem”, afirma trecho do relatório.

A PF ainda identificou indícios de que as entidades investigadas não tinham capacidade operacional para captar filiados, processar filiações e muito menos prestar serviços aos associados de maneira eficaz.

O que dizem os citados
A Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), que teve suas atividades suspensas por medida cautelar, afirmou em nota que irá colaborar com as investigações e ressaltou seu compromisso com a legalidade. “A AAPB sempre obedeceu à legalidade, tendo apresentado toda documentação pertinente para a obtenção do Acordo de Cooperação Técnica junto ao INSS e respeitando todo trâmite burocrático atinente à sua atividade”, declarou.

Bolça de Nova York fecha em alta com dados fortes de emprego e avanço em negociações

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5/02/25

Bolsa de Valores de Wall Street, em Nova York, EUA | foto: Reprodução
As bolsas de Nova York encerraram a sexta-feira (2) com ganhos expressivos, impulsionadas por sinais de progresso nas relações comerciais entre Estados Unidos e China e por um relatório de emprego mais forte que o esperado, indicando resiliência da economia norte-americana.

O índice Dow Jones avançou 1,39%, atingindo 41.316,7 pontos. O S&P 500 subiu 1,47%, para 5.686,61 pontos, enquanto o Nasdaq registrou alta de 1,51%, fechando em 17.977,73 pontos. Na semana, os índices acumularam ganhos de 3,00%, 2,92% e 3,42%, respectivamente — dados ainda preliminares.

Os números positivos do mercado de trabalho em abril reforçaram a confiança dos investidores, mesmo diante de incertezas sobre a política tarifária do ex-presidente Donald Trump. A retomada das conversas comerciais com a China também aumentou o apetite por ativos de risco.

No setor corporativo, os destaques foram variados. A Apple recuou 4,22%, apesar de superar as expectativas de lucro e vendas do iPhone, após o CEO Tim Cook alertar sobre um impacto adicional de US$ 900 milhões nos custos do próximo trimestre devido às tarifas. Já a Amazon subiu 0,18%, apoiada por resultados acima do esperado, mas limitada pelo desempenho aquém do previsto em serviços de computação em nuvem.

Entre as maiores altas do dia, a plataforma de ensino Duolingo disparou 21,36%, impulsionada por uma receita trimestral de US$ 230,7 milhões — alta de 38% em relação ao ano anterior. A Microsoft também se destacou, com valorização de 2,40%, mantendo o ritmo positivo após bons resultados. Nvidia (2,26%) e Netflix (2,28%) completaram o grupo das gigantes de tecnologia com forte desempenho, com a plataforma de streaming acumulando dez sessões consecutivas de alta.

O cenário otimista em Wall Street reflete a combinação de dados econômicos robustos, bom desempenho de empresas líderes e sinais de distensão em tensões geopolíticas — um alívio para os mercados globais em meio às incertezas políticas e comerciais que permeiam 2024.

INSS enfrenta crise histórica e especialistas propõem reforma com modelo híbrido e renda mínima

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4/22/25

 

Especialistas defendem novo modelo previdenciário híbrido e criação de programa nacional de renda mínima para enfrentar envelhecimento populacional, informalidade e rombo fiscal - Foto: Ilustração

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está em uma encruzilhada fiscal e estrutural que ameaça a sustentabilidade da previdência pública no Brasil. Com um déficit anual estimado em R$ 350 bilhões, segundo dados do Tesouro Nacional de 2023, o sistema previdenciário brasileiro dá sinais de esgotamento diante das mudanças demográficas, econômicas e sociais do país.

“É como carregar um peso que não para de crescer”, afirma o advogado Sysley Sampaio de Araújo, mestre em Direito pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). A população brasileira está envelhecendo em ritmo acelerado — com previsão de que o número de idosos dobre até 2050, conforme o IBGE (2024) — e 39% da força de trabalho encontra-se na informalidade, conforme aponta a PNAD Contínua deste ano.

Um dos dados mais preocupantes é que aproximadamente 50% dos beneficiários do INSS jamais contribuíram para o sistema. Isso porque o modelo atual mescla previdência contributiva com assistência social, o que, segundo juristas, gera distorções severas. “É injusto com quem trabalha e contribui todo mês”, critica a advogada Alline Guimarães Marques, também mestre pelo IDP e especialista em Direito Público.

Apenas as aposentadorias rurais e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) consomem R$ 230 bilhões anuais dos cofres públicos, muitas vezes destinados a pessoas que nunca recolheram ao sistema. Em um contexto em que a dívida bruta brasileira alcança 78% do PIB (FMI, 2024), esse desequilíbrio compromete a capacidade do Estado de investir em áreas estratégicas como saúde, educação e habitação.

Proposta de transição: modelo híbrido e renda mínima

Para enfrentar o colapso anunciado, especialistas propõem uma reforma estruturante, com a migração para um modelo previdenciário híbrido. Inspirado em países como Suécia e Austrália, o novo modelo combinaria contribuições obrigatórias com fundos privados regulados, garantindo cobertura ampla e sustentabilidade a longo prazo.

Os benefícios assistenciais, por sua vez, seriam incorporados ao Bolsa Família, criando o Programa Nacional de Renda Mínima (PNRM). Esse programa garantiria um valor de R$ 1.640 mensais, corrigido pela inflação, voltado especialmente aos trabalhadores informais. “Essa é uma forma de promover justiça social com responsabilidade fiscal”, defende Sysley.

A transição seria financiada por um Fundo de Transição Previdenciária (FTP), com blindagem constitucional (art. 60, §4º, da Constituição) e múltiplas fontes de receita, como créditos de carbono (R$ 5 bilhões por ano, Banco Mundial, 2023) e excedentes fiscais (R$ 10 bilhões por ano, Ministério da Fazenda, 2024). Com projeções de crescimento do PIB em 2,5% ao ano, o fundo poderia acumular R$ 12 trilhões até 2055, zerando o déficit previdenciário e liberando recursos para outras políticas públicas.

Lições internacionais e base legal brasileira

A proposta se apoia em lições internacionais. A Suécia implementou uma reforma gradual entre 1994 e 2010, equilibrando longevidade e informalidade. A Austrália assegura 95% de seus trabalhadores com fundos regulados. Já o Chile serve como exemplo do que não fazer: sua reforma mal conduzida deixou cerca de 40% dos informais desprotegidos em 2019.

No plano jurídico, a Constituição Federal (art. 194) prevê um sistema baseado na universalidade da cobertura e na equidade na forma de participação. O Supremo Tribunal Federal (STF) também já reafirmou que a dignidade da pessoa humana deve ser o pilar central das políticas públicas (RE 626.489/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, 2013).

A proposta inclui ainda medidas de inclusão produtiva, como microcrédito e qualificação profissional, com 10% da arrecadação do FTP destinados a apoiar a transição de trabalhadores informais para o mercado formal, nos moldes do modelo australiano.

A reforma do INSS, mais do que uma necessidade fiscal, torna-se uma urgência social. O futuro da previdência brasileira depende de escolhas estruturadas, responsáveis e baseadas em justiça intergeracional.

Gilberto Kassab articula apoio a Rui Palmeira em Alagoas, revelam fontes

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Rui Palmeira e Gilberto Kassab | Foto: Assessoria
Uma reviravolta nos bastidores da política alagoana aponta para uma articulação do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em favor do vereador e ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira. Segundo informações obtidas, Kassab teria solicitado aos novos líderes do partido no estado, Marcelo Victor e Dantas, que não abandonem Palmeira.

O objetivo da manobra seria garantir o apoio da base governista à candidatura de Rui Palmeira para uma vaga na Câmara dos Deputados. A iniciativa, que evidencia a influência do PSD no cenário político nacional, busca resgatar a trajetória de Palmeira, cujo protagonismo tem diminuído nos últimos anos.

Rui Palmeira, que atualmente ocupa a Secretaria de Infraestrutura do governo Dantas, ainda não conseguiu recuperar a visibilidade política almejada. Sua trajetória sofreu um revés após a decisão de não disputar o governo contra Renan Filho e a aliança com este último na campanha de 2020, que culminou na derrota de Alfredo Gaspar para a prefeitura de Maceió.

A possível retomada da carreira política de Palmeira ganha força com a articulação de Kassab. No entanto, a conjuntura política local apresenta desafios. A dupla Dantas/MV I (Marcelo Victor) tem em Luciano Amaral seu nome de preferência para a disputa por uma vaga federal, o que pode gerar tensões internas no PSD.

A secretária Tereza Nelma, que também integra o governo Dantas, já estaria ciente da preferência por Luciano Amaral, o que indica a complexidade das negociações em curso. A articulação de Kassab, portanto, coloca em xeque as dinâmicas internas do partido e sinaliza uma disputa por espaço e influência no cenário político alagoano.

Após troca de farpas nas redes sociais, Renan Filho e Jorginho Mello se reúnem para discutir impasse na BR-101

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Jorginho Mello e Renan Filho | Foto: Reprodução
Após troca de farpas nas redes sociais, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), e o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), se reúnem nesta quarta-feira (23) em Brasília para discutir soluções para os problemas na BR-101, com foco no trecho do Morro dos Cavalos, em Palhoça, na Grande Florianópolis. A reunião, solicitada pelo Fórum Parlamentar Catarinense, contará com a presença de representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), dos senadores Esperidião Amin (PP) e Jorge Seif (PL), além de deputados federais do estado.

O encontro ocorre após embates públicos entre os dois políticos. Na semana passada, Renan Filho criticou o governo catarinense, afirmando que “o povo de Santa Catarina não aguenta mais ser enganado” em relação à situação da rodovia. Jorginho Mello rebateu: “Que audácia, hein, ministro! Tem que me seguir no Instagram para saber o que estamos fazendo”.

Um dos principais pontos da discussão será a retomada do projeto de construção de um túnel no Morro dos Cavalos, considerado essencial para melhorar a fluidez do trânsito na região. A obra, que teve licenças ambientais aprovadas em 2012, foi preterida pelo Governo Federal, que optou pela construção da ponte Anita Garibaldi, em Laguna, ao custo de R$ 777,1 milhões. Como resultado, a duplicação do trecho sul da BR-101 permanece inacabada.

Segundo Renan Filho, o contrato de 2008 com a concessionária Arteris Litoral Sul não previa a construção do túnel, o que torna a obra juridicamente inviável sem uma revisão contratual. A Arteris, por outro lado, sinaliza apoio à modernização dos contratos de concessão, o que poderia viabilizar novos investimentos.

Venda do sistema de saneamento de Alagoas à BRK Ambiental volta a gerar críticas após alagamentos em Maceió

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A privatização do sistema de saneamento básico de Alagoas, realizada em 2020 durante a gestão de Renan Filho, ex-governador e atual Ministro dos Transportes, voltou a ser alvo de duras críticas após os severos alagamentos e transbordos de esgoto causados pelas intensas chuvas nesta quarta-feira (5).

A BRK Ambiental, empresa que venceu o leilão por R$ 2,009 bilhões e assumiu a responsabilidade pela gestão dos serviços de distribuição de água e esgoto no estado por 35 anos, enfrenta agora o crescente descontentamento da população, que sofre com a ineficiência no atendimento e falhas na infraestrutura.

Os fortes alagamentos e os problemas de drenagem em várias áreas de Maceió e cidades da região metropolitana de Alagoas expuseram as falhas do sistema de saneamento básico, agora sob o comando da BRK Ambiental. Em meio ao impacto das chuvas, moradores e internautas não pouparam críticas à empresa, apontando a falta de preparo para lidar com a demanda, a falha na infraestrutura e a ineficácia no atendimento, especialmente nos casos de falta de água e vazamentos.

Em diversos relatos nas redes sociais, a população destacou que, enquanto as chuvas causavam estragos nas ruas, a empresa parecia não ter um plano eficiente para amenizar os danos. A população lembra ainda que a gestão de Renan Filho ofereceu o pacote de privatização como parte de uma política de desestatização, que visava modernizar o setor, mas que, na prática, deixou a desejar.

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