Federação entre União Brasil e PP pressiona Alfredo Gaspar a reavaliar futuro político em Alagoas

5/05/25

/ Por Redação

Alfredo Gaspar | Foto: Reprodução
A formação da União Progressista, nova federação partidária que une o União Brasil e o Progressistas (PP), começa a provocar reações em diversas regiões do país — e em Alagoas, as movimentações já colocam em xeque a liderança do deputado federal Alfredo Gaspar na sigla.

Principal nome do União Brasil no estado, Gaspar pode perder o controle da legenda, uma vez que, com a federação, a direção política regional passa a orbitar em torno do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que também é líder do Progressistas e figura com influência decisiva sobre os rumos da nova união.

Diante desse novo cenário, Gaspar já avalia alternativas partidárias. Três siglas estão no radar do parlamentar: o Novo, o Republicanos e o PL — este último sob o comando do prefeito de Maceió, JHC, com quem Gaspar mantém diálogo político frequente.

Decisão depende da estratégia para 2026
A escolha de Alfredo Gaspar também passa por uma equação estratégica ligada às eleições de 2026. Se decidir disputar novamente uma vaga na Câmara dos Deputados, manter-se na União Progressista pode ser vantajoso, já que as chapas proporcionais estão bem estruturadas e com potencial competitivo.

No entanto, se a intenção for alçar voos mais altos — como uma possível candidatura ao Senado, especulada nos bastidores —, a necessidade de autonomia partidária se torna crucial. Nesse caso, filiar-se a um partido em que tenha maior controle sobre as decisões locais e espaço para protagonismo seria mais coerente com os objetivos.

Um novo xadrez político
A movimentação de Gaspar é observada com atenção por aliados e adversários. Sua saída da União Progressista pode ter efeitos colaterais na configuração da oposição e no equilíbrio de forças entre os grupos que disputam a hegemonia política em Alagoas.

Além disso, o deputado tem base consolidada e expressiva votação no estado, o que torna sua filiação cobiçada por partidos em busca de nomes fortes para compor chapas majoritárias e ampliar bancadas no Congresso.

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