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Haddad é Cogitado por Lula para Disputar o Senado em São Paulo em 2026

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5/14/25

Fernando Haddad | Foto: Reprodução
Circula nos bastidores da política nacional a articulação para que o atual Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seja o nome escolhido pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar uma vaga ao Senado Federal por São Paulo nas eleições de 2026. A movimentação indica um plano estratégico visando fortalecer a presença do campo governista no maior colégio eleitoral do país.

De acordo com fontes e análises políticas, caso essa estratégia se consolide, a expectativa é que Haddad deixe o comando do Ministério da Fazenda em abril de 2026. Este prazo é crucial, pois coincide com o limite legal para que ministros e outros ocupantes de cargos no Executivo se desincompatibilizem de suas funções para concorrerem a cargos legislativos nas eleições gerais de outubro daquele ano.

Fernando Haddad, que já foi prefeito de São Paulo e candidato à Presidência da República e ao Governo do Estado, é considerado um nome forte do Partido dos Trabalhadores (PT) no cenário paulista. Sua eventual candidatura ao Senado representaria um movimento significativo do governo federal e do PT para tentar eleger representantes na bancada de São Paulo, que é historicamente influente no Congresso Nacional.

Apesar das movimentações nos bastidores, ainda não houve um anúncio oficial por parte do Presidente Lula ou do próprio Ministro Haddad confirmando a decisão. O Ministro da Fazenda tem reiterado publicamente seu foco nas questões econômicas e fiscais do país, evitando comentar abertamente sobre planos eleitorais futuros, embora não descarte a possibilidade de disputar eleições no futuro.

Lula confirma pedido a Xi Jinping sobre TikTok e critica vazamento de conversa com Janja

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Lula durante coletiva de imprensa na China Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta quarta-feira (14), que pediu diretamente ao líder chinês, Xi Jinping, o envio de um representante de confiança ao Brasil para discutir temas relacionados ao universo digital — com foco especial na atuação do TikTok no país. Segundo Lula, a iniciativa visa debater a regulação das plataformas digitais, diante do que ele classificou como “absurdos” cometidos nas redes sociais.

“Eu perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa da confiança para a gente discutir a questão digital, sobretudo o TikTok”, declarou o presidente. Durante a conversa, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, pediu a palavra para explicar preocupações específicas sobre os impactos das redes sociais, especialmente no que diz respeito à exposição de mulheres e crianças.

A resposta de Xi Jinping, segundo Lula, foi clara e objetiva: o Brasil tem autonomia para regulamentar ou até banir plataformas digitais de seu território. “Foi uma resposta óbvia”, disse o presidente. “Não é possível a gente continuar com as redes sociais cometendo os absurdos que cometem, e a gente não ter a capacidade de fazer uma regulamentação.”

Contudo, o episódio ganhou contornos polêmicos após o vazamento da conversa para a imprensa, gerando desconforto no entorno presidencial. Reportagem do portal G1 indicou que Janja teria protagonizado um momento constrangedor ao mencionar, na frente do presidente chinês, que o TikTok possuíria um algoritmo favorável à direita.

Irritado com a repercussão, Lula criticou duramente o vazamento. “A primeira coisa que acho estranho é como é que essa pergunta chegou à imprensa. Porque estavam só os meus ministros lá, o Alcolumbre e o Elmar. Alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma conversa de um jantar muito confidencial e pessoal”, afirmou o petista.

O presidente fez questão de reforçar que foi ele quem iniciou o tema e que a fala de Janja foi pontual e legítima. “Foi uma coisa normal e ele [Xi] vai mandar uma pessoa. Isso que importa. A pergunta foi minha e eu não me senti incomodado. O fato de a minha mulher pedir a palavra é porque ela não é cidadã de segunda classe, entende mais de rede digital do que eu”, concluiu.

Alfredo Gaspar e Fábio Costa apoiam CPMI para investigar fraudes bilionárias no INSS

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Alfredo Gaspar e Fábio Costa | foto: Reprodução

Os deputados federais alagoanos Alfredo Gaspar (União Brasil) e Delegado Fábio Costa (PP) foram os únicos representantes do estado na Câmara a apoiar formalmente a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (13) pela oposição no Congresso Nacional.

A proposta da CPMI, articulada pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), já conta com o número necessário de assinaturas, mas aguarda a leitura do requerimento em plenário pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para ser oficialmente instalada.

A comissão terá composição paritária entre Câmara e Senado — 15 deputados e 15 senadores, com seus respectivos suplentes — e duração inicial de 180 dias. O orçamento previsto para os trabalhos é de R$ 200 mil.

As investigações pretendem esclarecer denúncias de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas entre os anos de 2019 e 2024. De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal, o esquema envolvia falsificação de assinaturas e ausência de documentação legal para a cobrança de mensalidades por associações e entidades. Os prejuízos estimados já ultrapassam R$ 6,3 milhões, afetando principalmente idosos em situação de vulnerabilidade.

Alfredo Gaspar e Fábio Costa justificaram o apoio à CPMI como um compromisso com a transparência e a proteção dos aposentados. “Não podemos permitir que criminosos explorem justamente quem mais precisa do amparo do Estado”, afirmou Gaspar.

“JHC só atende se for Renan Filho”, dizem políticos nos bastidores da Câmara

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JHC e Renan Filho | Foto: Reprodução

Em meio à crescente insatisfação no cenário político alagoano, uma série de queixas tem sido levantada por políticos que tentam estabelecer contato com o prefeito de Maceió, JHC (PL). Segundo relatos nos bastidores, muitos têm se queixado da dificuldade em conseguir um retorno de ligação do chefe do executivo municipal, que frequentemente está em Brasília, envolvido com suas articulações políticas.

Nos gabinetes, o comentário circula de forma ácida: "O prefeito só atende ligações se for do senador e ministro dos Transportes, Renan Filho." Essa falta de acesso ao prefeito tem gerado mal-estar e incomodado figuras do cenário político que, até então, apoiavam JHC, mas agora se veem em um limbo à espera de respostas.

Recentemente, JHC, Renan Filho e o prefeito de Recife, João Campos (PSB), realizaram uma visita ao Palácio do Planalto, conforme confirmado por fontes no governo. A visita foi previamente anunciada pela ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em uma conversa com o deputado federal Arthur Lira (PP-AL). Embora não se tenha detalhes completos sobre a agenda da visita, o movimento já gerou especulações.

No meio político local, é dado como certo que JHC deverá migrar para o PSB, acreditando que uma parceria com João Campos seja o melhor caminho para o futuro político. A mudança de partido parece ser um movimento estratégico, independente do futuro de sua tia, Marluce Caldas, que pode ser nomeada para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Entretanto, a falta de comunicação do prefeito com os políticos locais tem gerado uma expectativa crescente entre seus adversários, que estão avançando nas articulações para 2026. Muitos desses opositores alegam que, enquanto JHC permanece distante, a base política que poderia apoia-lo em 2026 vai se esvaindo, deixando espaço para novas alianças.

Embate entre Thiago Prado e Leonardo Dias na Câmara de Maceió expõe disputa antecipada por vaga na Assembleia em 2026

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Thiago Prado e Leonardo Dias | Foto: Reprodução
O velho ditado diz que "dois bicudos não se beijam", e na Câmara de Maceió a máxima parece se confirmar. O clima entre os vereadores Thiago Prado e Leonardo Dias tem chamado atenção dos colegas parlamentares, com trocas de farpas e embates constantes em plenário — como o que ocorreu durante uma audiência pública na semana passada.

Nos bastidores, o comportamento beligerante de ambos já é interpretado como uma antecipação da disputa eleitoral de 2026. Prado e Dias miram uma vaga na Assembleia Legislativa de Alagoas e disputam o mesmo eleitorado: o conservadorismo de direita, cada vez mais competitivo no cenário político local.

Thiago Prado tem se destacado pela articulação política e discurso mais estratégico, enquanto Leonardo Dias aposta em uma postura mais combativa e imediatista, com críticas diretas e contundentes — o que vem gerando choques cada vez mais frequentes entre os dois.

A tensão entre os vereadores pode ser apenas o começo de uma rivalidade que tende a crescer à medida que as eleições estaduais se aproximam. Para observadores da cena política alagoana, o embate entre Prado e Dias é sintoma de um campo da direita cada vez mais fragmentado e disputado.

Título: Pressionado por deputados, Hugo Motta promete resposta ao STF após decisão contra Ramagem e Bolsonaro

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5/13/25

Hugo Motta e Alexandre de Moraes | Foto: Reprodução
Diante de forte pressão de seus colegas parlamentares, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou que irá responder institucionalmente à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que manteve o prosseguimento de uma ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida do STF foi considerada por muitos parlamentares como uma afronta à soberania da Casa Legislativa.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Motta aguarda um parecer jurídico da consultoria da Câmara antes de anunciar formalmente sua resposta, o que deve ocorrer até esta terça-feira (13). Em conversas reservadas, o presidente da Câmara afirmou querer agir com responsabilidade, buscando evitar uma crise entre os Poderes, mas admitiu que o descontentamento na Casa é generalizado.

“Mais de 315 deputados votaram a favor da medida que suspenderia a ação penal. É uma resposta que precisa ser dada aos nossos pares”, afirmou Motta, segundo interlocutores.

Já a colunista Míriam Leitão, de O Globo, revelou que o presidente da Câmara estuda acionar o plenário do STF para revisar a decisão da Primeira Turma — estratégia que, embora não reverta imediatamente a situação, aumenta o desgaste público da Corte ao expor a divergência institucional entre os Poderes.

Centrão se alinha a Bolsonaro contra STF

A decisão do Supremo incomodou especialmente o bloco do Centrão, tradicional aliado do governo em votações-chave. O movimento indica uma crescente aproximação entre setores da direita e o próprio ex-presidente Bolsonaro, que vê na crise uma oportunidade para reunir apoio político contra o STF.

“Algo será feito”, teria garantido Motta a seus aliados, conforme relatado pela imprensa. A declaração, embora vaga, aponta para a possibilidade de ações mais incisivas do Congresso contra o Judiciário, como a instalação de CPIs ou a retomada de propostas de emenda constitucional que limitam os poderes da Suprema Corte, como o fim das decisões monocráticas e alterações nos critérios de escolha dos ministros.

Cenário de tensão institucional

A crise entre Legislativo e Judiciário se agrava em um momento de forte polarização política e de pressão pública sobre os parlamentares por parte das redes sociais. Motta, que enfrenta denúncias relacionadas a emendas do orçamento secreto, tenta equilibrar sua posição diante do STF e de seus colegas de Câmara, em especial os mais alinhados à direita.

Analistas políticos alertam que o embate pode escalar, sobretudo se o Congresso decidir avançar com medidas retaliatórias. “O Supremo é, por natureza, a última instância do Judiciário. Mas o Parlamento tem instrumentos políticos que podem impactar diretamente o funcionamento e a estrutura da Corte”, avaliou um consultor legislativo ouvido reservadamente.

Visual estratégico de Virgínia Fonseca chama atenção durante depoimento na CPI das Apostas

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Virgínia Fonseca | foto: Reprodução

Moletom estampado com o rosto da filha, cabelo solto com ar de naturalidade, óculos de armação moderna e um copo Stanley rosa nas mãos. Foi assim que a influenciadora Virgínia Fonseca se apresentou, nesta terça-feira (13), para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, no Senado.

À primeira vista, o visual transmitia uma imagem de jovialidade e simplicidade. Porém, para analistas e observadores atentos da comunicação política e midiática, nada foi deixado ao acaso. A escolha do figurino e dos adereços teria sido cuidadosamente calculada para reforçar a persona de “jovem despretensiosa”, alguém que estaria quase alheia à gravidade das acusações que envolvem a empresa com a qual já foi contratada: a casa de apostas Blaze.

Virgínia foi convocada pela CPI para esclarecer seu vínculo com a Blaze, empresa investigada por práticas irregulares e possíveis prejuízos a consumidores brasileiros. Em sua fala, ela afirmou que encerrou o contrato com a plataforma ainda no início de 2023 e que não teve ciência de qualquer conduta ilícita por parte da empresa enquanto foi parceira comercial.

O estilo “naturalmente estudado” de Virgínia gerou ampla repercussão nas redes sociais, onde internautas se dividiram entre elogios à sua calma diante da CPI e críticas à suposta tentativa de minimizar a seriedade do depoimento por meio da estética.

A sessão também foi marcada por momentos de descontração, como o pedido do senador Cleitinho (Republicanos-MG) para que Virgínia enviasse um abraço para sua esposa, o que gerou risos no plenário e viralizou online.

De saída do PL, JHC negocia retorno ao PSB para fortalecer laços com o governo Lula e emplacar tia no STJ

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Lula e JHC | Foto: Reprodução
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC, está em negociações avançadas para deixar o Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, e retornar ao PSB, partido da base do governo Lula. A movimentação ocorre em meio a articulações nos bastidores para tentar emplacar sua tia, a procuradora Maria Marluce Caldas Bezerra, do Ministério Público de Alagoas, em uma das vagas em aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Reeleito com expressiva votação em 2024 – 83,25% dos votos válidos –, JHC contou com o apoio direto de Bolsonaro e com R$ 6,2 milhões oriundos do fundo eleitoral do PL. Agora, no entanto, o prefeito mira a aproximação com o Palácio do Planalto, especialmente diante da resistência do presidente Lula em indicar nomes apadrinhados pela oposição para cargos estratégicos no Judiciário.

Segundo dirigentes do PSB, o retorno de JHC ao partido é considerado “muito provável”, embora não haja uma data definida. O movimento conta com apoio do prefeito de Recife, João Campos, que assume em breve o comando nacional da sigla e já declarou apoio à reeleição de Lula.

Reviravolta política

A intenção inicial de JHC era migrar para o PSD de Gilberto Kassab, com quem vinha mantendo conversas desde o início do ano. No entanto, a articulação do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e do senador Renan Calheiros (MDB), resultou na filiação do deputado federal Luciano Amaral – primo de Dantas – ao PSD, consolidando uma aliança entre PSD e MDB que inviabilizou a entrada de JHC no partido.

“Não é que os Calheiros e Paulo Dantas barraram a ida do JHC para o PSD. Na verdade, eles conseguiram impedir”, relatou um cacique do PSD envolvido nas negociações.

Com a porta fechada no PSD e a crescente aproximação com figuras da base governista, o PSB passou a ser o caminho mais viável para o prefeito, tanto política quanto estrategicamente, visando garantir apoio à nomeação de sua tia para o STJ.

Desconfiança no PSB e críticas no PL

Apesar da receptividade entre as lideranças nacionais do PSB, há resistência interna ao retorno de JHC. Dirigentes locais lembram que o prefeito deixou o partido em 2022 para se aliar a Bolsonaro, tendo inclusive anunciado sua filiação ao PL ao lado do então presidente no Palácio da Alvorada, entre o primeiro e o segundo turno das eleições.

“A palavra dele não vale nada. Se ele já saiu uma vez do PSB, quem garante que não vai sair de novo depois que a tia for indicada?”, questiona, reservadamente, um dirigente socialista.

Já no PL, a movimentação de JHC é encarada como traição. A legenda custeou a maior parte da campanha do prefeito em 2024 e agora vê com surpresa e desconforto sua possível migração para um partido alinhado ao presidente Lula.

Apesar de negar publicamente qualquer mudança partidária, aliados de JHC confirmam a articulação nos bastidores e reforçam que o prefeito não deseja “perder o bonde” da relação com o governo federal. Em um cenário político cada vez mais polarizado, a movimentação é vista como uma jogada estratégica para manter influência em Brasília – e, possivelmente, garantir um lugar para a família no STJ.

Em Pequim, Lula e Xi Jinping defendem multilateralismo e condenam guerras comerciais

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Lula e Xi Junping |  Foto / Ricardo Stuckert / PR
Em encontro realizado nesta terça-feira (13) em Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a aliança estratégica entre Brasil e China e criticou duramente a guerra comercial liderada pelos Estados Unidos, além de defender uma reforma na ordem internacional para enfrentar os desafios globais. Ao lado do presidente chinês Xi Jinping, Lula destacou que "a relação entre Brasil e China nunca foi tão necessária".

O encontro selou uma série de acordos bilaterais que somam R$ 27 bilhões em investimentos para o Brasil, abrangendo setores como tecnologia, infraestrutura, agricultura e transição energética. Segundo Lula, a cooperação sino-brasileira é essencial diante de um cenário internacional marcado por instabilidade, fragmentação e conflitos crescentes.

“Há anos, a ordem internacional já demanda reformas profundas. Nos últimos meses, o mundo se tornou mais imprevisível, mais instável e mais fragmentado. China e Brasil estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo”, afirmou o presidente brasileiro.

Lula voltou a criticar a guerra comercial entre Washington e Pequim, iniciada durante o governo de Donald Trump, e ressaltou que "guerras comerciais não têm vencedores". Em sua fala, defendeu um comércio justo e baseado nas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), e anunciou que o Brasil buscará reduzir as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras de aço e alumínio.

O presidente chinês, Xi Jinping, reforçou a importância estratégica da relação com o Brasil e criticou o protecionismo global, reafirmando o compromisso da China com o multilateralismo e o livre comércio. Xi também mencionou a disposição dos dois países em contribuir para uma solução pacífica na guerra entre Rússia e Ucrânia, embora a proposta conjunta ainda não tenha avançado de forma concreta.

Além da pauta comercial, Lula fez duras críticas aos conflitos armados no cenário internacional, citando a guerra em Gaza e a invasão da Ucrânia. Para ele, esses embates representam entraves ao desenvolvimento e à paz mundial.

“A humanidade se apequena diante das atrocidades cometidas em Gaza. Não haverá paz sem um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com o Estado de Israel”, afirmou. “Somente uma ONU reformada poderá cumprir os ideais de paz e direitos humanos consagrados em 1945.

O encontro foi o terceiro entre Lula e Xi Jinping desde o início do atual mandato do presidente brasileiro em 2023, evidenciando o fortalecimento da parceria entre os dois países em um contexto de transição geopolítica e crescente contestação à ordem global estabelecida.

Prefeito Remi Filho promove tradicional Festival de Prêmios em Murici para comemorar o Dia das Mães

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5/12/25

Remi Filho | Foto: Assessoria

Em mais uma edição do tradicional Festival de Prêmios, o prefeito de Murici, Remi Filho, comemorou o Dia das Mães com um evento especial que atraiu centenas de moradores para a Praça Padre Cícero, no último sábado (10). A praça ficou lotada de famílias ansiosas para participar do sorteio de prêmios e celebrar a data tão especial.

O evento, que já faz parte da cultura local e é aguardado com expectativa pelos munícipes, sorteou dezenas de prêmios, incluindo duas motos zero quilômetro, airfryer, liquidificador, geladeira, fogão, tanquinho, bicicleta e televisão. Um dos grandes destaques deste ano foi o fato de todos os prêmios terem sido adquiridos no comércio local, o que contribuiu para o fortalecimento da economia de Murici e valorizou os empresários da cidade.

Entrega de prêmios realizada pelo prefeito de Murici, Remi Filho | Foto: Assessoria
Acompanhado de sua esposa, a primeira-dama Millena Aguiar, secretários municipais e vereadores, o prefeito Remi Filho fez questão de agradecer a presença das mães e de todos os participantes. Durante o evento, ele reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento e bem-estar da população de Murici, destacando a importância de ações como esta, que além de promover a integração social, também ajudam a movimentar a economia local.

"É uma alegria muito grande poder proporcionar esse momento de celebração às mães de Murici. O festival de prêmios é uma forma de expressar nossa gratidão e carinho por todas elas. Quero reforçar que seguimos firmes no compromisso de trabalhar por nossa cidade, buscando sempre o melhor para cada muriciense", afirmou o prefeito Remi Filho.

Pastor Malafaia defende Michelle Bolsonaro como candidata à presidência em reação a Temer: "Reúne os votos"

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Pastor Silas Malafaia e Michelle Bolsonaro | Foto: Reprodução
O pastor Silas Malafaia, um dos líderes religiosos mais influentes da direita brasileira, declarou apoio à possível candidatura de Michelle Bolsonaro à presidência da República, caso o "vergonzoso impedimento de Bolsonaro persista". A declaração foi uma resposta direta às recentes afirmações do ex-presidente Michel Temer, que sugeriu que o ex-presidente Jair Bolsonaro poderia não ter espaço nas eleições de 2026 devido à sua imagem fragilizada após o fim de seu mandato.

Em entrevista nesta terça-feira (13), Malafaia afirmou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro "reúne os votos" necessários para uma candidatura de sucesso nas próximas eleições, destacando seu perfil moderado e sua capacidade de dialogar com diversos segmentos da sociedade brasileira. Para o pastor, Michelle é a figura que poderia representar a continuidade do legado de Bolsonaro, sem carregar os mesmos conflitos que marcaram o final de sua presidência.

"Michelle é a candidata que o Brasil precisa para unir o país e resgatar o que foi perdido durante o governo do PT. Ela tem um perfil que agrega e reúne os votos de vários setores, principalmente os que acreditam em valores conservadores e na preservação da nossa democracia", afirmou Malafaia.

O pastor também criticou as movimentações que buscam enfraquecer a imagem de Bolsonaro, defendendo que o ex-presidente ainda tem um papel importante na política nacional. Ele alertou que, se o processo de impeachment de Bolsonaro fosse considerado "improcedente", Michelle seria a alternativa mais forte e legítima para dar continuidade ao seu projeto político.

Malafaia, que exerce grande influência sobre eleitores evangélicos e é uma figura central na direita política do Brasil, é um dos principais aliados do bolsonarismo. Sua declaração reforça a possibilidade de que a esposa de Bolsonaro se lance como uma nova liderança no cenário político nacional, caso o ex-presidente se veja impossibilitado de concorrer novamente.

Câmara dos Deputados convoca Lewandowski para explicar recusa em classificar PCC e Comando Vermelho como organizações terroristas

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Ricardo Lewandowski | Foto: Reprodução
A Câmara dos Deputados convocou, nesta segunda-feira (12), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para que explique sua decisão de recusar a classificação das facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho como organizações terroristas. A convocação foi aprovada por unanimidade pelos parlamentares, que consideram fundamental uma explicação sobre o entendimento do ministro, diante das crescentes preocupações com a atuação dessas facções no Brasil.

A decisão de Lewandowski, tomada no último mês, gerou uma série de reações de autoridades e parlamentares, que defendem que a classificação como organizações terroristas permitiria a aplicação de uma série de medidas mais severas de combate ao crime organizado, como o aumento da pena para membros dessas facções, além de restringir as atividades financeiras e de comunicação desses grupos.

O deputado federal José Rocha, que presidiu a comissão que aprovou a convocação, afirmou que a recusa de Lewandowski em reconhecer o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas "fragiliza a resposta do Estado brasileiro à crescente ameaça representada por esses grupos criminosos, que atuam de maneira sistemática e violenta em diversas regiões do país".

Por outro lado, defensores da decisão de Lewandowski argumentam que a tipificação de terrorista poderia implicar em um aumento da repressão do Estado sobre a população, sem necessariamente resolver o problema da violência. Segundo fontes próximas ao STF, o ministro considera que a legislação atual já oferece instrumentos suficientes para combater essas organizações sem a necessidade de mudanças radicais no entendimento jurídico.

Em visita à China, Lula compara vitórias eleitorais no Brasil à revolução comunista de 1949

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Lula durante viagem à China Foto: Ricardo Stuckert / PR
 Durante um fórum com empresários realizado nesta segunda-feira (12) na China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) traçou um paralelo entre suas vitórias eleitorais no Brasil e a revolução comunista chinesa de 1949. Para o chefe do Executivo brasileiro, tanto seu governo quanto o Partido Comunista Chinês compartilham compromissos sociais e resultados concretos na melhoria da qualidade de vida de suas populações.

"É a única razão que eu acredito que valeu a pena a revolução chinesa de 1949. O que valeu nossas eleições no Brasil é provar que, quando um governo tem compromissos sociais e não esquece as origens daqueles que chegaram ao poder e querem governar para todos, as coisas melhoram", declarou Lula.

O presidente também destacou os avanços sociais promovidos em sua gestão, afirmando que retirou cerca de 54 milhões de brasileiros da situação de fome. Em paralelo, exaltou os esforços da China no combate à pobreza.

"São dois países que têm o compromisso de resolver o problema da pobreza que martelou a vida desses países por muito tempo. É notável que a China tirou em 40 anos 800 milhões de pessoas da pobreza, como é notável que o Brasil em dez anos tirou 54 milhões de pessoas que passavam fome no meu país", afirmou.

Lula aproveitou o evento para defender o papel da China no comércio internacional, classificando o país asiático como um “exemplo” no cenário global. “A China tem sido tratada, muitas vezes, como se fosse uma inimiga do comércio mundial, quando, na verdade, está se comportando como um exemplo de país que está tentando fazer negócio com os países que foram esquecidos durante os últimos 30 anos por muitos outros países”, disse.

Durante o fórum, o presidente também anunciou um pacote de investimentos no valor de R$ 27 bilhões da China no Brasil, com foco em setores estratégicos como comunicação, saúde, agronegócio, tecnologia e energias renováveis.

Lula está em território chinês desde o último sábado (10) e tem encontro marcado com o presidente da China, Xi Jinping, na noite desta terça-feira (13), fortalecendo a aproximação entre os dois países.

Ministro da Previdência de Lula é alvo de pedido de investigação após declarar R$ 431 mil em espécie guardados em casa

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Wolnei Queiroz | Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, recém-substituído por Wolnei Queiroz após o escândalo envolvendo o INSS, volta ao centro das atenções — desta vez, por conta de seu sucessor. Wolnei Queiroz declarou à Justiça Eleitoral, durante as eleições de 2022, possuir R$ 431 mil em espécie guardados em casa. A informação, apesar de legal, acendeu um alerta entre parlamentares e órgãos de controle, por ser considerada prática incomum e potencialmente suspeita.

A revelação motivou o ex-deputado federal e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), a protocolar uma notícia-crime junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando a abertura de uma investigação contra Queiroz. Segundo Dallagnol, guardar uma quantia tão elevada em dinheiro vivo pode indicar crimes como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal ou falsidade ideológica.

"A posse de grandes quantias em espécie dificulta o rastreamento da origem e movimentação do dinheiro, o que é um dos principais mecanismos usados em esquemas ilícitos", afirmou o ex-parlamentar, ao justificar o pedido de apuração.

No documento encaminhado à PGR, Dallagnol pede que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e demais órgãos competentes verifiquem a compatibilidade entre os rendimentos do ministro e os valores declarados. O objetivo é identificar se há indícios de movimentações financeiras atípicas ou outras irregularidades.

Em 2022, Wolnei Queiroz declarou um patrimônio total de cerca de R$ 1,7 milhão. Para Dallagnol, manter quase meio milhão de reais fora do sistema bancário, exposto a riscos como roubo, incêndio ou deterioração, é uma decisão "inexplicável", exceto por três possibilidades: “ou é um ato de loucura, de incompetência, ou há algo a esconder”.

A PGR ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido. A expectativa é que o órgão analise a demanda e decida se abrirá ou não uma investigação formal.

Paulo Dantas deve disputar vaga na Câmara em 2026 e fortalece articulação do PSD em Alagoas

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Governador de Alagoas, Paulo Dantas | Foto: Reprodução
O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), já é apontado como um nome forte para disputar uma das nove vagas do estado na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026. Com boas chances de êxito, Dantas deve migrar para o PSD, legenda que comanda atualmente em Alagoas e que trabalha na formação de uma chapa competitiva para o pleito nacional.

A possível candidatura do governador está sendo tratada como peça central na estratégia do PSD para fortalecer sua bancada federal. A sigla já articula a montagem de um grupo robusto que, segundo projeções internas, tem potencial para eleger pelo menos dois deputados federais. Com a entrada de Paulo Dantas, a expectativa é de que a chapa ganhe ainda mais força e possa garantir até três cadeiras no Congresso Nacional.

Atualmente, o PSD em Alagoas conta com o deputado federal Luciano Amaral, que também preside o diretório estadual do partido, além do vereador e ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira, nome que aparece com viabilidade eleitoral entre os pré-candidatos da legenda.

Nos bastidores, a movimentação é vista como um reposicionamento estratégico de Paulo Dantas após concluir seu mandato à frente do Executivo estadual. A entrada do governador na disputa federal deve reconfigurar a dinâmica eleitoral em Alagoas, influenciando inclusive a formação das chapas proporcionais e o equilíbrio de forças entre os grupos políticos locais.

O avanço do PSD com a possível candidatura de Dantas também sinaliza um reforço do partido no cenário nacional, consolidando sua presença em estados-chave e aumentando seu poder de articulação no Congresso a partir de 2027.

Ciro Nogueira e Rogério Marinho são cotados como vice de Michelle Bolsonaro em possível candidatura à Presidência em 2026

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Ciro Nogueira e Rogério Marinho são cotados como vice de Michelle Bolsonaro | Foto: Reprodução
A cúpula bolsonarista começou a discutir nomes para compor uma eventual chapa presidencial liderada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) nas eleições de 2026. Segundo apuração do Olhar Político, os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Rogério Marinho (PL-RN) surgem como possíveis candidatos a vice, caso Michelle seja lançada à Presidência da República.

As articulações ainda estão em fase inicial e ocorrem em meio à indefinição sobre a situação eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por oito anos, devido a abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições de 2022.

Apesar da inelegibilidade, Bolsonaro tem dito a aliados que pretende disputar novamente a Presidência em 2026. Seus apoiadores, no entanto, evitam declarar preferência por qualquer pré-candidatura, como forma de preservar o protagonismo do ex-presidente e não gerar atritos dentro do grupo político.

Outro nome de peso no cenário bolsonarista é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também é visto como possível sucessor do capital político de Bolsonaro. No entanto, aliados afirmam que, caso o ex-presidente não consiga reverter sua inelegibilidade, caberá a ele definir quem será o candidato apoiado pelo grupo em 2026.

Michelle Bolsonaro tem se mantido politicamente ativa e conta com o respaldo da base conservadora, sendo considerada uma figura de forte apelo eleitoral entre o eleitorado bolsonarista, especialmente nas pautas de costumes e defesa da família tradicional.

STF autoriza prisão domiciliar de Roberto Jefferson por razões humanitárias

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Roberto Jefferson | Foto: Bruno Escolástico/Photo Press/Folhapress

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou no último sábado (10) a transferência do ex-deputado federal Roberto Jefferson para o regime de prisão domiciliar. A decisão foi fundamentada em razões humanitárias, considerando a idade avançada do político, de 72 anos, e seu atual estado de saúde.

Jefferson passará a cumprir a pena em sua residência, localizada no município de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. Segundo a defesa, ele enfrenta uma série de problemas médicos, incluindo crises convulsivas, doenças no miocárdio, infecções urinárias recorrentes e depressão.

A medida impõe uma série de restrições ao ex-parlamentar. Ele deverá usar tornozeleira eletrônica e está proibido de utilizar redes sociais, conceder entrevistas à imprensa ou receber visitas de pessoas que não sejam familiares ou advogados. O Supremo também determinou a suspensão de seu passaporte.

A prisão de Roberto Jefferson foi realizada em 2021, de forma preventiva, no âmbito do inquérito das milícias digitais. O ex-deputado também responde a um processo por tentativa de homicídio, após ter atirado com uma carabina e lançado granadas contra agentes da Polícia Federal que cumpriam o mandado de prisão.

Jefferson foi condenado posteriormente a mais de nove anos de reclusão por crimes como incitação ao crime, atentado contra o Estado Democrático de Direito, calúnia e homofobia. No entanto, a condenação ainda não transitou em julgado.

Alfredo Gaspar ganha força entre a direita com parecer pró-Ramagem e vira alvo no meio jurídico

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Alfredo Gaspar | Foto: Reprodução
O deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) vem ganhando protagonismo entre parlamentares da direita e da extrema-direita após apresentar parecer favorável ao projeto que beneficia o também deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), investigado por envolvimento na suposta tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023.

A postura de Gaspar foi celebrada por seus aliados ideológicos, que veem no parlamentar alagoano um nome em ascensão no campo conservador. Seu apoio a Ramagem, ex-diretor da Abin no governo Bolsonaro, foi interpretado como um gesto de lealdade à narrativa bolsonarista, ainda influente em parte do Congresso Nacional.

No entanto, a movimentação também gerou forte reação negativa em setores do meio jurídico. Um dos críticos mais contundentes foi o desembargador aposentado, professor e escritor Walter Maierovitch, que classificou o parecer de Gaspar como tecnicamente frágil. Segundo o magistrado, o deputado demonstrou desconhecimento sobre direito constitucional. "Gaspar nada sabe de constitucional", declarou Maierovitch.

A crítica, porém, não parece ter abalado os planos do parlamentar. Observadores apontam que Alfredo Gaspar tem se mostrado cada vez mais hábil na articulação política, priorizando o impacto de suas decisões sobre sua base eleitoral conservadora, mesmo que em detrimento de fundamentos jurídicos mais sólidos.

Gaspar, que já foi secretário de Segurança Pública em Alagoas e tem trajetória no Ministério Público, agora molda seu perfil como um representante combativo da direita no Congresso Nacional, ampliando seu espaço entre os que ainda defendem pautas e figuras ligadas ao bolsonarismo.

Renan Filho é criticado por articulação com Republicanos e mira 2026 para barrar Davi Davino

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Renan Filho e Davi Davino | Foto: Reprodução
A movimentação política do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), em torno da criação de uma federação entre o MDB e o Republicanos tem gerado críticas – inclusive de aliados próximos. A aproximação com o partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, presidido pelo deputado federal Marcos Pereira, é vista como uma jogada arriscada e oportunista nos bastidores de Brasília.

A tensão aumenta com a possibilidade de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), intervir diretamente para barrar a aliança. Lira tem relação próxima com Pereira e, em um movimento estratégico, pode agir para enfraquecer Renan Filho, com quem mantém disputas veladas no cenário político alagoano e nacional.

Além da disputa de bastidores, Renan Filho mira a formação da federação como um instrumento para isolar adversários locais. Um dos principais alvos é Davi Davino Filho (Progressistas), ex-deputado estadual e adversário que impôs uma dura derrota a Renan nas eleições de 2022 em Maceió, quando o então governador ficou em segundo lugar na capital na corrida pelo Senado.

Segundo fontes próximas ao ministro, ele pretende inviabilizar a candidatura de Davino ao Senado em 2026, retirando-o do tabuleiro eleitoral. A ofensiva de Renan, no entanto, tem gerado desconforto dentro do próprio MDB, onde lideranças regionais veem com desconfiança uma aliança que mistura interesses religiosos e políticos, além de acirrar ainda mais os conflitos dentro da base governista em Alagoas.

Após dias de silêncio, Lula comenta escândalo do INSS e tenta culpar gestão anterior, mas governo já perdeu narrativa

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Lula | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quebrou o silêncio neste sábado (10) e finalmente comentou publicamente o escândalo dos descontos indevidos nos benefícios pagos pelo INSS. Como vinha sendo antecipado por seus aliados, Lula culpou a gestão anterior pelos desvios, mantendo o discurso de que seu governo teria apenas descoberto e combatido as irregularidades. No entanto, o dano político já está feito, e analistas avaliam que o governo perdeu a disputa narrativa sobre o tema.

Com a eleição de 2026 já no horizonte e o Planalto mergulhado precocemente na disputa, Lula tem mais a perder do que ganhar ao adiar explicações. A tentativa de transferir a responsabilidade para a gestão anterior não convence, especialmente diante do crescimento dos descontos durante a atual administração.

A reação tardia também comprometeu a defesa governista. As demissões de Alessandro Stefanutto da presidência do INSS e de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social ocorreram a contragosto e depois de forte pressão. No caso de Lupi, a substituição pelo seu número dois acentuou a percepção de continuidade e não de mudança.

Outro fator que pesa contra o governo é a ligação histórica de Lula com movimentos sindicais. Embora as entidades envolvidas nas fraudes não sejam formalmente sindicatos, compartilham características associativas semelhantes — e uma delas, inclusive, tem um irmão do presidente entre seus dirigentes.

Enquanto isso, a oposição bolsonarista avança com discurso simples e de forte apelo nas redes sociais. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) tem se destacado nesse campo. Seu vídeo sobre o caso INSS, embora contenha distorções e tente isentar o ex-presidente Jair Bolsonaro, já ultrapassou 136 milhões de visualizações no Instagram, neste sábado.

Para efeito de comparação, o deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) também publicou um vídeo responsabilizando Bolsonaro, mas não conseguiu alcançar nem 1 milhão de visualizações no mesmo período. A diferença escancara o abismo de engajamento digital entre os dois polos políticos.

Esse cenário lembra o ocorrido no caso do Pix, em que um vídeo de Nikolas também forçou o governo a recuar de uma norma da Receita Federal sobre monitoramento de movimentações financeiras.

Tudo isso aponta para um governo que, quase dois anos e meio após sua posse, ainda luta para consolidar sua autoridade e narrativa pública. A popularidade de Lula tem oscilado negativamente, e internamente já se admite que o desgaste é real — ainda que o discurso oficial continue tratando o problema como uma questão de “comunicação”.

O governo tenta reverter o quadro com promessas de novos benefícios sociais, estratégia que especialistas consideram arriscada diante do cenário fiscal. Com a eleição de 2026 no radar, o Planalto parece dobrar a aposta, mas o preço pode ser alto.

Enquanto isso, a oposição segue ganhando terreno nas redes e na opinião pública. E, para o governo Lula, essa é apenas uma entre as muitas batalhas que ainda poderá perder até o próximo pleito presidencial.

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