Ministro da Previdência de Lula é alvo de pedido de investigação após declarar R$ 431 mil em espécie guardados em casa

5/12/25

/ Por Redação

Wolnei Queiroz | Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, recém-substituído por Wolnei Queiroz após o escândalo envolvendo o INSS, volta ao centro das atenções — desta vez, por conta de seu sucessor. Wolnei Queiroz declarou à Justiça Eleitoral, durante as eleições de 2022, possuir R$ 431 mil em espécie guardados em casa. A informação, apesar de legal, acendeu um alerta entre parlamentares e órgãos de controle, por ser considerada prática incomum e potencialmente suspeita.

A revelação motivou o ex-deputado federal e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), a protocolar uma notícia-crime junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando a abertura de uma investigação contra Queiroz. Segundo Dallagnol, guardar uma quantia tão elevada em dinheiro vivo pode indicar crimes como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal ou falsidade ideológica.

"A posse de grandes quantias em espécie dificulta o rastreamento da origem e movimentação do dinheiro, o que é um dos principais mecanismos usados em esquemas ilícitos", afirmou o ex-parlamentar, ao justificar o pedido de apuração.

No documento encaminhado à PGR, Dallagnol pede que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e demais órgãos competentes verifiquem a compatibilidade entre os rendimentos do ministro e os valores declarados. O objetivo é identificar se há indícios de movimentações financeiras atípicas ou outras irregularidades.

Em 2022, Wolnei Queiroz declarou um patrimônio total de cerca de R$ 1,7 milhão. Para Dallagnol, manter quase meio milhão de reais fora do sistema bancário, exposto a riscos como roubo, incêndio ou deterioração, é uma decisão "inexplicável", exceto por três possibilidades: “ou é um ato de loucura, de incompetência, ou há algo a esconder”.

A PGR ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido. A expectativa é que o órgão analise a demanda e decida se abrirá ou não uma investigação formal.

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