Cabo Bebeto | Foto: Reprodução |
Cabo Bebeto iniciou o debate após a votação da Ordem do Dia, classificando o esquema como "roubo" e responsabilizando diretamente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado citou reportagens sobre o caso, detalhando o esquema de associações que cadastravam aposentados sem autorização, utilizando assinaturas falsas para realizar descontos e movimentando bilhões em empréstimos consignados. "O Congresso quer instalar uma CPMI para investigar, mas o governo do amor, o país dos pobres, não quer deixar. Por que será?", questionou Bebeto.
Ronaldo Medeiros, por sua vez, rebateu as acusações, defendendo o governo Lula e atribuindo o início das fraudes à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Sete das nove maiores entidades envolvidas nas fraudes foram credenciadas durante o governo Bolsonaro. Se há roubo, ele começou lá atrás, no governo mais corrupto e mais agressivo que esse país já teve", afirmou o petista. Medeiros ainda argumentou que as investigações só avançaram agora devido à "Polícia Federal livre" do governo atual.
A acalorada discussão levou o deputado Antônio Albuquerque (Republicanos) a intervir, expressando preocupação com a polarização excessiva no plenário. Segundo Albuquerque, o debate ideológico, com fins eleitorais, está desgastando a ALE. "Precisamos voltar a discutir os problemas de Alagoas e buscar soluções concretas", declarou. Ele defendeu que o escândalo do INSS seja tratado pelas autoridades competentes e que a resposta da sociedade venha "nas urnas, no tempo certo".
A troca de acusações entre os deputados Bebeto e Medeiros evidencia a profunda divisão política que permeia a ALE, com o escândalo do INSS servindo como pano de fundo para o embate ideológico. A repercussão do caso e a possível instalação de uma CPMI no Congresso Nacional devem manter o tema em evidência nas próximas semanas.
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