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Presidente da FIEA, José Carlos Lyra de Andrade |
Em uma nota divulgada esta semana, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA) manifestou-se duramente contra a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos. A entidade classificou a sobretaxa como uma barreira sem justificativa comercial ou econômica, alinhando-se à posição da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Para a FIEA, a nova política norte-americana cria um ambiente de instabilidade e representa uma ameaça direta ao setor produtivo de Alagoas, com especial preocupação para o setor sucroalcooleiro. A relevância dessa parceria comercial é evidenciada por dados do Observatório da Indústria: em 2024, os EUA foram o terceiro maior mercado para as exportações alagoanas, gerando uma receita superior a US$ 61 milhões. Apenas em 2025, mais de 90% do açúcar exportado para os Estados Unidos teve origem no município de São Miguel dos Campos.
O presidente da FIEA, José Carlos Lyra de Andrade, defendeu a manutenção de uma relação estratégica e estável entre os dois países. "É crucial que o diálogo diplomático e comercial prevaleça para garantir a segurança dos investimentos e a proteção dos empregos gerados pela nossa indústria. Alagoas não pode pagar a conta por uma decisão arbitrária", declarou o líder industrial.
A federação alerta para os possíveis efeitos em cascata da medida, que podem comprometer o desempenho das exportações e a sustentabilidade de milhares de postos de trabalho no estado. Diante do risco, a entidade cobra do governo brasileiro uma postura firme na negociação para reverter a tarifa e assegurar a competitividade da indústria nacional no mercado global.
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