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O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado | Dida Sampaio/Estadão Conteúdo |
A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (13), no Recife, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado. De acordo com a PF e a Procuradoria-Geral da República (PGR), Machado teria atuado para viabilizar a emissão de um passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, com a intenção de facilitar sua fuga do Brasil.
As acusações que pesam sobre Machado são de obstrução de investigação de organização criminosa e favorecimento pessoal. O pedido da PGR fundamenta-se em informações da PF que apontam duas linhas de atuação do ex-ministro. A primeira é uma suposta tentativa, em 12 de maio, de obter um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, junto ao consulado de Portugal em Recife, com o objetivo de facilitar sua saída do Brasil.
Além dessa articulação, os investigadores também apuram uma campanha de arrecadação de doações em dinheiro que Machado teria organizado em seu perfil no Instagram, cujos valores seriam destinados a Bolsonaro.
No documento enviado ao Supremo, Gonet afirma que, embora a tentativa de obter o passaporte para Cid tenha sido frustrada, a Polícia Federal acredita que Machado ainda possa "buscar alternativas junto a outras embaixadas e consulados" para o mesmo fim.
Para o Procurador-Geral, as informações indicam a suspeita de que o ex-ministro esteja agindo para dificultar o andamento da ação penal sobre a tentativa de golpe. Diante disso, a PGR solicitou ao ministro Alexandre de Moraes não apenas a instauração do inquérito, mas também a autorização para cumprir mandados de busca e apreensão.
O objetivo das buscas, segundo o pedido, é avançar nas investigações por meio da coleta de "documentos, anotações, registros, mídias, aparelhos eletrônicos e demais dispositivos de armazenamento de dados reveladores de circunstâncias delituosas".
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