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Flávio Dino | Foto: Reprodução |
Segundo fontes que participaram da reunião, os líderes de partidos do Centrão manifestaram forte descontentamento com o avanço das apurações, classificando-as como uma “ação política disfarçada de investigação”. Eles afirmam que o inquérito atinge diretamente a autonomia do Legislativo e ameaça o uso legítimo de instrumentos como as emendas individuais e de relator.
A investigação, autorizada por Dino com base em pedidos da Polícia Federal, mira indícios de má utilização de recursos públicos direcionados por parlamentares a municípios por meio de emendas — prática comum, mas que, em alguns casos, tem sido alvo de suspeitas de superfaturamento, contratos fraudulentos e repasses indevidos.
Durante a reunião, houve críticas contundentes ao ministro, recém-empossado no STF. Alguns parlamentares chegaram a sugerir que Dino estaria “extrapolando suas funções” e agindo com motivações políticas. A movimentação acende o alerta no Palácio do Planalto, que acompanha com atenção os desdobramentos da crise entre os Poderes.
Rodrigo Maia, que hoje ocupa um cargo no setor privado mas mantém forte interlocução política, foi o anfitrião do encontro, reforçando seu papel como articulador informal em momentos de atrito institucional.
Embora nenhum comunicado oficial tenha sido divulgado após a reunião, a expectativa é de que líderes do Congresso articulem uma reação institucional nas próximas semanas, incluindo convocações e pressão sobre o Supremo para conter o avanço das investigações.
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