Liderança do PT na Câmara pede prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro por lobby internacional contra ministros do STF

5/23/25

/ Por Redação
Liderança do PT na Câmara pede prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro | Foto: Reprodução
A liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados protocolou nesta quinta-feira (23) uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão preventiva do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O pedido tem como base declarações e articulações do parlamentar em território estrangeiro, nas quais teria feito lobby junto a autoridades dos Estados Unidos para que fossem impostas sanções econômicas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o documento entregue à PGR, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro teria atuado nos bastidores para prejudicar representantes de um dos Poderes da República, o que os petistas classificam como uma ameaça ao Estado Democrático de Direito e possível crime contra a soberania nacional.

As ações de Eduardo Bolsonaro ganharam repercussão após entrevista à CNN Brasil, em que o deputado declarou ser "o deputado mais importante do Brasil" e defendeu a possibilidade de retaliações internacionais contra ministros do STF, acusando-os de "censura" e "perseguição política".

Para a bancada do PT, as atitudes do deputado configuram não apenas abuso de prerrogativas parlamentares, mas também atentado à ordem institucional e tentativa de coação contra membros da Suprema Corte brasileira por meio de influência estrangeira.

“Não se trata de opinião. Trata-se de uma ação concreta, organizada, com o objetivo de utilizar potências estrangeiras para intervir no funcionamento de instituições brasileiras”, afirmou um dos líderes petistas no Congresso, em nota oficial.

A PGR ainda não se manifestou publicamente sobre o pedido. Nos bastidores, integrantes do Ministério Público avaliam o caso com cautela, diante do potencial de gerar novo embate entre o Congresso e o Judiciário.

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