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Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara | Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados |
A oposição afirma já ter reunido o número mínimo de assinaturas necessárias para a abertura da comissão, mas a efetivação da CPI depende de uma decisão da presidência da Câmara. Em uma tentativa de agilizar o processo, o deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) acionou o Estatuto do Idoso para tentar "furar a fila" de pedidos de CPI na Casa.
As investigações da Polícia Federal revelaram um complexo esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões, com prejuízos estimados em impressionantes R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A operação, batizada de “Sem Desconto”, já resultou no afastamento do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e na demissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Diante da resistência encontrada na Câmara, parlamentares da oposição, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT), protocolaram um pedido para a criação de uma CPMI. O movimento estratégico visa garantir que a investigação das fraudes ocorra, mesmo sem o apoio da presidência da Câmara.
A pressão sobre Hugo Motta continua a crescer, com deputados questionando sua postura diante do escândalo. O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) indagou publicamente: “Será que o Hugo Motta vai ficar contra os aposentados e pensionistas do Estado da Paraíba?”.
Enquanto a oposição insiste na necessidade de uma investigação aprofundada para responsabilizar os envolvidos e recuperar os valores desviados, o governo federal alega que a crise está superada. O Executivo destaca as medidas já adotadas, como as trocas na presidência do INSS e no comando do Ministério da Previdência, como prova de sua atuação. No entanto, os parlamentares contrários ao governo defendem que apenas uma investigação transparente e abrangente pode trazer à tona toda a verdade sobre o esquema.
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