Título: Pressionado por deputados, Hugo Motta promete resposta ao STF após decisão contra Ramagem e Bolsonaro

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5/13/25

Hugo Motta e Alexandre de Moraes | Foto: Reprodução
Diante de forte pressão de seus colegas parlamentares, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou que irá responder institucionalmente à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que manteve o prosseguimento de uma ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida do STF foi considerada por muitos parlamentares como uma afronta à soberania da Casa Legislativa.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Motta aguarda um parecer jurídico da consultoria da Câmara antes de anunciar formalmente sua resposta, o que deve ocorrer até esta terça-feira (13). Em conversas reservadas, o presidente da Câmara afirmou querer agir com responsabilidade, buscando evitar uma crise entre os Poderes, mas admitiu que o descontentamento na Casa é generalizado.

“Mais de 315 deputados votaram a favor da medida que suspenderia a ação penal. É uma resposta que precisa ser dada aos nossos pares”, afirmou Motta, segundo interlocutores.

Já a colunista Míriam Leitão, de O Globo, revelou que o presidente da Câmara estuda acionar o plenário do STF para revisar a decisão da Primeira Turma — estratégia que, embora não reverta imediatamente a situação, aumenta o desgaste público da Corte ao expor a divergência institucional entre os Poderes.

Centrão se alinha a Bolsonaro contra STF

A decisão do Supremo incomodou especialmente o bloco do Centrão, tradicional aliado do governo em votações-chave. O movimento indica uma crescente aproximação entre setores da direita e o próprio ex-presidente Bolsonaro, que vê na crise uma oportunidade para reunir apoio político contra o STF.

“Algo será feito”, teria garantido Motta a seus aliados, conforme relatado pela imprensa. A declaração, embora vaga, aponta para a possibilidade de ações mais incisivas do Congresso contra o Judiciário, como a instalação de CPIs ou a retomada de propostas de emenda constitucional que limitam os poderes da Suprema Corte, como o fim das decisões monocráticas e alterações nos critérios de escolha dos ministros.

Cenário de tensão institucional

A crise entre Legislativo e Judiciário se agrava em um momento de forte polarização política e de pressão pública sobre os parlamentares por parte das redes sociais. Motta, que enfrenta denúncias relacionadas a emendas do orçamento secreto, tenta equilibrar sua posição diante do STF e de seus colegas de Câmara, em especial os mais alinhados à direita.

Analistas políticos alertam que o embate pode escalar, sobretudo se o Congresso decidir avançar com medidas retaliatórias. “O Supremo é, por natureza, a última instância do Judiciário. Mas o Parlamento tem instrumentos políticos que podem impactar diretamente o funcionamento e a estrutura da Corte”, avaliou um consultor legislativo ouvido reservadamente.

Visual estratégico de Virgínia Fonseca chama atenção durante depoimento na CPI das Apostas

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Virgínia Fonseca | foto: Reprodução

Moletom estampado com o rosto da filha, cabelo solto com ar de naturalidade, óculos de armação moderna e um copo Stanley rosa nas mãos. Foi assim que a influenciadora Virgínia Fonseca se apresentou, nesta terça-feira (13), para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, no Senado.

À primeira vista, o visual transmitia uma imagem de jovialidade e simplicidade. Porém, para analistas e observadores atentos da comunicação política e midiática, nada foi deixado ao acaso. A escolha do figurino e dos adereços teria sido cuidadosamente calculada para reforçar a persona de “jovem despretensiosa”, alguém que estaria quase alheia à gravidade das acusações que envolvem a empresa com a qual já foi contratada: a casa de apostas Blaze.

Virgínia foi convocada pela CPI para esclarecer seu vínculo com a Blaze, empresa investigada por práticas irregulares e possíveis prejuízos a consumidores brasileiros. Em sua fala, ela afirmou que encerrou o contrato com a plataforma ainda no início de 2023 e que não teve ciência de qualquer conduta ilícita por parte da empresa enquanto foi parceira comercial.

O estilo “naturalmente estudado” de Virgínia gerou ampla repercussão nas redes sociais, onde internautas se dividiram entre elogios à sua calma diante da CPI e críticas à suposta tentativa de minimizar a seriedade do depoimento por meio da estética.

A sessão também foi marcada por momentos de descontração, como o pedido do senador Cleitinho (Republicanos-MG) para que Virgínia enviasse um abraço para sua esposa, o que gerou risos no plenário e viralizou online.

De saída do PL, JHC negocia retorno ao PSB para fortalecer laços com o governo Lula e emplacar tia no STJ

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Lula e JHC | Foto: Reprodução
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC, está em negociações avançadas para deixar o Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, e retornar ao PSB, partido da base do governo Lula. A movimentação ocorre em meio a articulações nos bastidores para tentar emplacar sua tia, a procuradora Maria Marluce Caldas Bezerra, do Ministério Público de Alagoas, em uma das vagas em aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Reeleito com expressiva votação em 2024 – 83,25% dos votos válidos –, JHC contou com o apoio direto de Bolsonaro e com R$ 6,2 milhões oriundos do fundo eleitoral do PL. Agora, no entanto, o prefeito mira a aproximação com o Palácio do Planalto, especialmente diante da resistência do presidente Lula em indicar nomes apadrinhados pela oposição para cargos estratégicos no Judiciário.

Segundo dirigentes do PSB, o retorno de JHC ao partido é considerado “muito provável”, embora não haja uma data definida. O movimento conta com apoio do prefeito de Recife, João Campos, que assume em breve o comando nacional da sigla e já declarou apoio à reeleição de Lula.

Reviravolta política

A intenção inicial de JHC era migrar para o PSD de Gilberto Kassab, com quem vinha mantendo conversas desde o início do ano. No entanto, a articulação do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e do senador Renan Calheiros (MDB), resultou na filiação do deputado federal Luciano Amaral – primo de Dantas – ao PSD, consolidando uma aliança entre PSD e MDB que inviabilizou a entrada de JHC no partido.

“Não é que os Calheiros e Paulo Dantas barraram a ida do JHC para o PSD. Na verdade, eles conseguiram impedir”, relatou um cacique do PSD envolvido nas negociações.

Com a porta fechada no PSD e a crescente aproximação com figuras da base governista, o PSB passou a ser o caminho mais viável para o prefeito, tanto política quanto estrategicamente, visando garantir apoio à nomeação de sua tia para o STJ.

Desconfiança no PSB e críticas no PL

Apesar da receptividade entre as lideranças nacionais do PSB, há resistência interna ao retorno de JHC. Dirigentes locais lembram que o prefeito deixou o partido em 2022 para se aliar a Bolsonaro, tendo inclusive anunciado sua filiação ao PL ao lado do então presidente no Palácio da Alvorada, entre o primeiro e o segundo turno das eleições.

“A palavra dele não vale nada. Se ele já saiu uma vez do PSB, quem garante que não vai sair de novo depois que a tia for indicada?”, questiona, reservadamente, um dirigente socialista.

Já no PL, a movimentação de JHC é encarada como traição. A legenda custeou a maior parte da campanha do prefeito em 2024 e agora vê com surpresa e desconforto sua possível migração para um partido alinhado ao presidente Lula.

Apesar de negar publicamente qualquer mudança partidária, aliados de JHC confirmam a articulação nos bastidores e reforçam que o prefeito não deseja “perder o bonde” da relação com o governo federal. Em um cenário político cada vez mais polarizado, a movimentação é vista como uma jogada estratégica para manter influência em Brasília – e, possivelmente, garantir um lugar para a família no STJ.

STF nega pedido de Carla Zambelli para suspender processo por invasão ao sistema do CNJ

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Carla Zambelli | Foto: Lula Marques/ EBC
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta segunda-feira (12) o pedido de suspensão da ação penal que pode levar à condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão, por sua suposta participação na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

Até o momento, a Primeira Turma da Corte já formou maioria de 4 votos a 0 pela condenação da parlamentar. O julgamento virtual, iniciado na sexta-feira (9), ainda aguarda apenas o voto do ministro Luiz Fux para ser concluído.

Diante do placar desfavorável, a defesa de Zambelli apresentou recurso ao STF e solicitou a suspensão do processo, o mesmo movimento feito pela liderança do PL na Câmara dos Deputados. Ambos se basearam na decisão da Casa Legislativa que suspendeu parcialmente a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), envolvido em suposta trama golpista.

No entanto, Moraes descartou a aplicação desse precedente ao caso de Zambelli. Em sua decisão, o ministro afirmou que a Constituição só permite a suspensão de processos contra parlamentares por atos cometidos após a diplomação. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), os atos atribuídos à deputada ocorreram antes de sua diplomação para o atual mandato, em dezembro de 2022.

“Na presente hipótese, além do fato de inexistir qualquer pronunciamento da Câmara dos Deputados, nenhum dos requisitos constitucionais para a aplicação do § 3º, do artigo 53 da Constituição Federal está presente”, escreveu Moraes.

De acordo com a PGR, Carla Zambelli foi a autora intelectual da invasão ao sistema do CNJ, com o objetivo de emitir um falso mandado de prisão contra o próprio ministro Alexandre de Moraes. O ataque teria sido executado pelo hacker Walter Delgatti Neto, que confirmou às autoridades ter agido a mando da parlamentar.

A defesa de Zambelli nega qualquer envolvimento com o crime e acusa Delgatti de mentir. Já os advogados do hacker reafirmam que ele apenas cumpriu ordens da deputada.

Caso se confirme a condenação, Zambelli poderá enfrentar ainda um processo de cassação na Câmara dos Deputados.

Em Pequim, Lula e Xi Jinping defendem multilateralismo e condenam guerras comerciais

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Lula e Xi Junping |  Foto / Ricardo Stuckert / PR
Em encontro realizado nesta terça-feira (13) em Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a aliança estratégica entre Brasil e China e criticou duramente a guerra comercial liderada pelos Estados Unidos, além de defender uma reforma na ordem internacional para enfrentar os desafios globais. Ao lado do presidente chinês Xi Jinping, Lula destacou que "a relação entre Brasil e China nunca foi tão necessária".

O encontro selou uma série de acordos bilaterais que somam R$ 27 bilhões em investimentos para o Brasil, abrangendo setores como tecnologia, infraestrutura, agricultura e transição energética. Segundo Lula, a cooperação sino-brasileira é essencial diante de um cenário internacional marcado por instabilidade, fragmentação e conflitos crescentes.

“Há anos, a ordem internacional já demanda reformas profundas. Nos últimos meses, o mundo se tornou mais imprevisível, mais instável e mais fragmentado. China e Brasil estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo”, afirmou o presidente brasileiro.

Lula voltou a criticar a guerra comercial entre Washington e Pequim, iniciada durante o governo de Donald Trump, e ressaltou que "guerras comerciais não têm vencedores". Em sua fala, defendeu um comércio justo e baseado nas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), e anunciou que o Brasil buscará reduzir as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras de aço e alumínio.

O presidente chinês, Xi Jinping, reforçou a importância estratégica da relação com o Brasil e criticou o protecionismo global, reafirmando o compromisso da China com o multilateralismo e o livre comércio. Xi também mencionou a disposição dos dois países em contribuir para uma solução pacífica na guerra entre Rússia e Ucrânia, embora a proposta conjunta ainda não tenha avançado de forma concreta.

Além da pauta comercial, Lula fez duras críticas aos conflitos armados no cenário internacional, citando a guerra em Gaza e a invasão da Ucrânia. Para ele, esses embates representam entraves ao desenvolvimento e à paz mundial.

“A humanidade se apequena diante das atrocidades cometidas em Gaza. Não haverá paz sem um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com o Estado de Israel”, afirmou. “Somente uma ONU reformada poderá cumprir os ideais de paz e direitos humanos consagrados em 1945.

O encontro foi o terceiro entre Lula e Xi Jinping desde o início do atual mandato do presidente brasileiro em 2023, evidenciando o fortalecimento da parceria entre os dois países em um contexto de transição geopolítica e crescente contestação à ordem global estabelecida.

Prefeito Marcos Silva rompe com deputado Antônio Albuquerque e se alinha ao grupo de Renan Calheiros e Marcelo Victor

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Marcos Silva | Foto: BR104
O cenário político em Messias acaba de ganhar um novo capítulo com forte impacto regional. O prefeito Marcos Silva, até então aliado próximo do deputado estadual AA, do Republicanos, decidiu mudar de rota e se aliar ao grupo político comandado pelo senador Renan Calheiros (MDB) e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor (União Brasil).

A decisão de Silva ocorreu logo após vir à tona uma crise entre ele e o deputado AA, com quem mantinha uma relação política histórica. Aproveitando o racha, Calheiros e Victor agiram rápido e incluíram o prefeito em seu já robusto grupo de influência política em Alagoas.

Segundo fontes próximas ao grupo, o novo arranjo prevê que Remi Calheiros, filho do senador, receba o apoio do prefeito para deputado estadual nas próximas eleições. Já o deputado federal Luciano Amaral, atualmente no PSD e alinhado ao grupo de Gilberto Kassab, será o nome apoiado por Marcos Silva para a Câmara Federal.

Nos bastidores, o movimento é visto como mais um lance certeiro da dupla Renan e Marcelo Victor I (e único), que tem atraído prefeitos e vereadores de diversas regiões do estado, ampliando seu domínio político e deixando antigos aliados em situação delicada.

Apesar do novo alinhamento, interlocutores da política alagoana ponderam que ainda há espaço para reviravoltas, principalmente diante das movimentações que podem surgir até a definição das chapas em 2026. No entanto, o gesto de Marcos Silva já é interpretado como uma ruptura definitiva com o deputado AA, que agora corre o risco de perder uma de suas principais bases eleitorais.

Prefeito Júnior Menezes e equipe fiscalizam Granja Almeida e cobram medidas contra proliferação de moscas em União dos Palmares

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5/12/25

Prefeito Júnior Menezes e equipe fiscalizam Granja Almeida, em União dos Palmares | Foto: Reprodução
O prefeito de União dos Palmares, Júnior Menezes, acompanhado da primeira-dama Alane, de vereadores e de secretários municipais, realizou nesta segunda-feira (data não informada) uma fiscalização na Granja Almeida, localizada na zona rural do município. O objetivo da visita foi cobrar do responsável pelo empreendimento, Jorge, o reforço imediato nas medidas sanitárias para combater a proliferação de moscas na região.

A comitiva contou com a presença dos vereadores Nenzinha, Manoel Messias, Ricardo Praxedes e Gustavo Pedrosa, além dos secretários Claudionor, Adelson, Marcos, Anderson e Paulo César.

“Sabemos da importância econômica da Granja para União, dos inúmeros empregos gerados. Queremos ajudar, mas precisamos que o empreendimento faça sua parte e cumpra com o que exigimos, em prol do bem-estar da população”, afirmou o prefeito Júnior Menezes.

O representante da Granja, Jorge, garantiu que tanto a prefeitura quanto a população podem contar com o comprometimento da empresa. “A gente vai continuar até combater essa proliferação para não prejudicar mais a população”, disse ele.

O vereador Ricardo Praxedes destacou a união de forças entre os poderes e o setor privado. “A gente sente muito, também, pelos comerciantes que estão sendo atingidos, e só temos que agradecer essa mobilização. A parceria entre a gestão municipal, o legislativo e a empresa tem tudo para dar certo no combate às moscas.”

Já o vereador Nenzinha reforçou o empenho dos órgãos públicos na busca por soluções rápidas. “A população está clamando por providências, e graças a Deus toda a equipe, a Câmara de Vereadores e os secretários estão empenhados para combater essa infestação de moscas que está acontecendo em nossa cidade.”

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