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Foto: Reprodução/TV Senado/YouTube |
A PEC busca reformular o sistema eleitoral brasileiro, eliminando a possibilidade de reeleição para cargos do Executivo, um mecanismo que, segundo senadores de diferentes espectros políticos, é considerado um "equívoco". Além disso, a unificação das eleições visa reduzir custos e sincronizar os pleitos, com todos os cargos eletivos sendo disputados na mesma data a partir de 2034. A proposta também estabelece mandatos mais longos, com 10 anos para senadores e 5 anos para deputados, prefeitos, governadores e presidente.
Antes de seguir para o plenário do Senado, a CCJ ainda analisará os destaques — trechos do texto votados em separado. Há resistência significativa entre os senadores em relação à ampliação dos mandatos, com tentativas de derrubar esses pontos específicos. Para ser aprovada no plenário, a PEC precisará de pelo menos 49 votos favoráveis em dois turnos. Caso passe no Senado, o texto ainda deverá ser analisado e aprovado pela Câmara dos Deputados para entrar em vigor.
A discussão sobre o fim da reeleição ganhou força durante a gestão de Rodrigo Pacheco como presidente do Senado. Nos últimos meses, líderes partidários, de partidos tanto da direita quanto da esquerda, manifestaram apoio à revisão do sistema de reeleição. A crítica ao modelo atual se baseia na percepção de que a possibilidade de recondução ao cargo favorece a perpetuação de poder e pode comprometer a renovação política.
Senadores argumentam que a reeleição cria incentivos para que governantes priorizem medidas populistas em detrimento de políticas de longo prazo. A unificação das eleições, por sua vez, é defendida como uma forma de otimizar recursos públicos e simplificar o calendário eleitoral, embora a ampliação dos mandatos seja um ponto de divergência que pode impactar a tramitação da proposta.
Próximos Passos
A votação dos destaques na CCJ será crucial para definir o formato final do texto que chegará ao plenário. A resistência à ampliação dos mandatos pode levar a alterações significativas na proposta, especialmente se os senadores optarem por manter os prazos atuais de mandato. Caso aprovada no Senado, a PEC enfrentará um novo desafio na Câmara, onde a composição mais fragmentada pode dificultar a obtenção do apoio necessário.
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