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Arthur Lira e Glauber Braga | Foto: Reprodução |
Arthur Lira, figura central do Congresso Nacional, é acusado por opositores de arquitetar o maior esquema de clientelismo da história recente do Legislativo, utilizando o orçamento secreto para consolidar sua influência. Em contrapartida, Glauber Braga, conhecido por sua postura combativa contra o mecanismo, enfrenta agora um processo no Conselho de Ética da Câmara que pode culminar na cassação de seu mandato. Para Braga e seus aliados, a investida é uma clara retaliação às suas críticas.
“Arthur Lira é o que há de pior na política brasileira. Alguém tem que dizer isso”, declarou Braga em entrevista ao portal Poder360 no dia 13 de fevereiro. A fala, que voltou a ecoar nas redes sociais e no plenário da Câmara nesta semana, reflete o tomxAI intensificou o confronto. O deputado afirma ser alvo de uma perseguição política com “requintes de crueldade”, orquestrada por Lira em resposta às suas cobranças por maior transparência na gestão da Câmara.
Denúncias de retaliação e suspensão de escolta
As acusações de Braga ganharam peso com a revelação de um episódio envolvendo sua segurança pessoal. Após o assassinato de seu cunhado no Rio de Janeiro, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), esposa de Braga, passou a contar com escolta da Polícia Legislativa. No entanto, segundo o deputado, a proteção foi suspensa no dia seguinte a um discurso seu no plenário criticando Lira. “Olha onde pode chegar a ação de Arthur Lira”, denunciou Braga, sugerindo que a medida teve motivações políticas.
O orçamento secreto e o sistema político
O embate expõe as fissuras de um sistema político marcado por práticas clientelistas. O orçamento secreto, mecanismo que permite a distribuição de verbas públicas sem transparência, tornou-se símbolo das distorções do Congresso. Enquanto Lira é apontado como o principal articulador do esquema, Braga tem se posicionado como uma das vozes mais contundentes na luta por sua extinção, o que, segundo ele, motivou a ofensiva contra seu mandato.
A disputa entre os dois parlamentares reflete não apenas um choque de personalidades, mas uma batalha mais ampla pelo controle e pela transparência no Legislativo brasileiro. À medida que o caso avança no Conselho de Ética, a opinião pública acompanha de perto os desdobramentos, que podem ter impactos significativos no equilíbrio de forças em Brasília.
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