Lula confirma candidatura à reeleição em 2026: "Só perco para mim mesmo"

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5/24/25

Lula | José Eduardo Bernardes/Brasil de Fato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, em reunião com a cúpula do partido, que será candidato à reeleição em 2026, encerrando semanas de especulações sobre uma possível desistência. Segundo relatos de dirigentes presentes no encontro, Lula foi direto ao dizer:

“Só perco para mim mesmo.”

A declaração repercutiu positivamente entre aliados e membros do governo, sobretudo após movimentações no Congresso indicarem que setores do centro e da direita apostavam que Lula não concorreria novamente — citando sua idade e os desafios enfrentados por sua gestão como fatores limitantes.

No entanto, segundo fontes próximas ao presidente, Lula tem reafirmado a aliados mais próximos que não cogita abrir mão da candidatura, confiando na sua força pessoal e no histórico de vitórias eleitorais. Pesquisas internas do Palácio do Planalto indicam que, apesar de críticas à condução do governo, a imagem de Lula segue bem avaliada, especialmente entre os eleitores de baixa renda e no Nordeste.

Movimentações políticas em curso

Além da confirmação da candidatura, Lula já iniciou articulações para ampliar sua base de apoio, mirando não apenas os partidos que compuseram sua coligação em 2022 — como PCdoB, PV, PSB, PSol, Rede, Solidariedade, Pros, Avante e Agir —, mas também legendas do centro político, como o MDB, e até nomes do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A estratégia mira principalmente parlamentares considerados “infiéis” ao bolsonarismo, especialmente no Nordeste, onde Lula mantém elevada popularidade.

Oposição se mobiliza

Do outro lado, a oposição liderada por Jair Bolsonaro, segue ativa e articulada. Mesmo sem poder disputar o pleito, o ex-presidente continua sendo a principal referência do campo conservador. PL, PP e Republicanos, partidos que apoiaram sua candidatura em 2022, seguem se movimentando para manter a base coesa e preparar um nome alternativo para a disputa presidencial.

Apesar da incerteza sobre quem será o candidato da direita, aliados de Bolsonaro já cogitam Eduardo Bolsonaro, Tarcísio de Freitas ou Romeu Zema como opções para 2026.

Testemunha afirma que Braga Netto jogava vôlei na praia durante ataques de 8 de Janeiro

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Braga Netto | Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles 

Durante audiência realizada nesta sexta-feira (23) no Supremo Tribunal Federal (STF), o coronel do Exército Waldo Manuel de Oliveira Aires prestou um depoimento que pode ser decisivo na defesa do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, acusado de participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Segundo o coronel, no dia 8 de janeiro de 2023, enquanto ocorria a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, Braga Netto estaria jogando vôlei na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. De acordo com a testemunha, o general foi informado sobre os ataques após a partida, por meio de seu filho, e teria ficado surpreso com a notícia.

A declaração foi apresentada como parte da estratégia de defesa de Braga Netto, que busca provar que o ex-ministro não teve envolvimento nos atos antidemocráticos que resultaram na destruição de patrimônio público e na prisão de centenas de manifestantes.

O processo, que também envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros aliados, investiga o possível planejamento e apoio institucional a um movimento golpista contra o resultado das eleições de 2022. Braga Netto é um dos principais alvos por sua atuação à frente da Defesa durante o governo Bolsonaro.

O STF segue colhendo depoimentos e analisando provas na tentativa de esclarecer as circunstâncias e responsabilidades dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, que ficaram marcados como um dos episódios mais graves contra a democracia brasileira desde o fim da ditadura militar.

A defesa de Braga Netto sustenta que ele não estava em Brasília nem teve contato com os envolvidos nas invasões naquele dia, utilizando o depoimento do coronel Aires como prova de álibi. A Procuradoria-Geral da República (PGR), no entanto, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o impacto da nova informação no andamento da ação penal.

Clima tenso no STF: Alexandre de Moraes ameaça prender Aldo Rebelo durante audiência

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Aldo Rebelo, ex-ministro da Defesa Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Um momento de forte tensão marcou a audiência desta sexta-feira (23), no Supremo Tribunal Federal (STF), durante a oitiva do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, que prestou depoimento como testemunha de defesa do almirante Almir Garnier, réu em ação penal sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Durante o depoimento, Rebelo afirmou que a frase de Garnier — sobre "deixar tropas à disposição" do então presidente Jair Bolsonaro — “não pode ser tomada literalmente”, citando que na língua portuguesa existem expressões com força figurativa, como no caso de alguém dizer “estou frito”.

A declaração gerou irritação no ministro Alexandre de Moraes, relator da ação. Ele questionou se Rebelo havia participado da reunião em que a frase foi dita. Diante da resposta negativa, Moraes o interrompeu de forma ríspida:

— Então o senhor não tem condição de avaliar a língua portuguesa naquele momento. Atenha-se aos fatos, declarou.

Rebelo retrucou, dizendo que sua apreciação da língua portuguesa era pessoal e que “não admitia censura”. Foi nesse momento que Moraes, visivelmente irritado, ameaçou prender o ex-ministro por desacato:

— Se o senhor não se comportar, o senhor vai ser preso por desacato, advertiu o magistrado.

A audiência seguiu com novos momentos de tensão. A defesa de Garnier, feita pelo ex-senador Demóstenes Torres, questionou se a Marinha teria capacidade de executar um golpe de Estado sozinha. Moraes interrompeu novamente, dizendo que Aldo Rebelo, embora ex-ministro da Defesa, é um civil e “não pode fazer conjecturas fora da realidade”.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também fez uma pergunta que gerou desconforto, indagando se Rebelo acreditava que sem o apoio do Exército a Marinha poderia romper com a ordem institucional. A defesa protestou por considerar a pergunta opinativa. Pensando estar com o microfone desligado, Gonet foi flagrado dizendo:

— Fiz uma cagada.

Rebelo, por fim, declarou que Garnier não teria poder para mobilizar tropas da Marinha sozinho e que sem o Exército, nenhuma das Forças teria capilaridade suficiente para consolidar um golpe de Estado no Brasil.

O episódio evidenciou a crescente tensão nos processos envolvendo figuras das Forças Armadas e ex-integrantes do governo Bolsonaro, além de levantar críticas quanto à condução das audiências no STF e ao tom adotado pelo relator do caso.

EUA avaliam sanções contra Alexandre de Moraes e outros Ministros do STF, aponta coluna

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Alexandre de Moraes | Foto: Reprodução
Uma possível crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos pode estar a caminho. Segundo reportagem do colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, o governo norte-americano, sob a liderança de Donald Trump, estuda impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), medida que pode se estender a outros magistrados da Corte e a seus cônjuges.

As possíveis sanções estariam sendo avaliadas pela Casa Branca, que considera que uma parcela significativa da renda familiar de alguns ministros do STF decorre da atuação de seus cônjuges em escritórios de advocacia. O caso de Moraes teria ganhado destaque, mas os nomes de outros ministros como Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes também estão no radar. Suas esposas são advogadas atuantes e com forte presença no cenário jurídico nacional.

O movimento do governo Trump visa pressionar diretamente integrantes do Judiciário brasileiro por meio de bloqueios financeiros, o que incluiria não apenas os magistrados, mas também suas famílias. A expectativa, segundo a publicação, é de que sanções direcionadas inicialmente a Moraes provoquem reações internas no Supremo, podendo afetar a estabilidade institucional entre os dois países.

O cenário é considerado sensível, dado o impacto que punições internacionais podem ter na imagem e nos bens dos alvos, especialmente se envolverem bloqueios em bancos estrangeiros ou restrições de viagem.

Até o momento, nenhuma autoridade brasileira comentou oficialmente o caso, e o Supremo Tribunal Federal ainda não se manifestou sobre as informações divulgadas.

Caso se concretizem, as sanções podem abrir um precedente inédito nas relações bilaterais Brasil-EUA, marcando uma escalada nas tensões políticas envolvendo o Judiciário brasileiro em um contexto geopolítico cada vez mais volátil.

CCJ aprova fim da reeleição e mandato único de 5 anos para cargos eletivos

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CCJ aprova fim da reeleição e mandato único de 5 anos para cargos eletivos
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, na quarta-feira (21), a PEC 12/2022, que põe fim à reeleição para cargos do Executivo e estabelece mandato único de cinco anos para todos os cargos eletivos no Brasil. A medida abrange presidente, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais, prefeitos e vereadores.

A proposta, que busca promover a renovação política, entrará em vigor a partir de 2034, caso seja aprovada no Congresso. O texto segue agora para o Plenário do Senado, onde precisará de aprovação em dois turnos, com apoio de três quintos dos senadores, antes de ser analisado pela Câmara dos Deputados.

A mudança tem gerado discussões, com apoiadores destacando a oportunidade de renovação no cenário político e críticos questionando os impactos na continuidade administrativa. A votação no Plenário será um marco decisivo para o futuro do sistema eleitoral brasileiro.

"Verba dobrada, compromisso zerado: o absurdo aumento na verba de gabinete da Câmara de União dos Palmares"

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Presidente da Câmara de Vereadores de União dos Palmares, Dé Mototaxi | Foto: Reprodução
Em uma decisão polêmica, a Câmara Municipal de União dos Palmares, interior de Alagoas, aprovou o aumento de 100% na verba de gabinete destinada aos vereadores. O valor, que antes era de R$ 6 mil mensais, passou a ser de R$ 12 mil, gerando indignação entre moradores e levantando questionamentos sobre a prioridade dos gastos públicos no município.

O reajuste, articulado diretamente pelo presidente da Casa Legislativa, conhecido como "De Mototáxi", ocorre em um momento de baixa produtividade do Legislativo municipal. Atualmente, os vereadores contam com apenas um dia oficial de sessão semanal, e, mesmo assim, a ausência de parlamentares é recorrente. Diversas pautas relevantes para a população têm sido adiadas por falta de quórum, o que evidencia uma crise de compromisso e decoro parlamentar.

Além disso, os parlamentares passaram a receber mensalmente, desde janeiro do corrente ano, o salário reajustado que ficou na casa dos R$ 13.000,00.

Para muitos cidadãos e lideranças políticas locais, o aumento da verba é considerado um desrespeito diante da realidade socioeconômica do município, que ainda enfrenta desafios em áreas como saúde, educação e infraestrutura. 

“É revoltante ver vereadores que mal comparecem ao plenário dobrarem os próprios recursos enquanto a população sofre com problemas básicos”, afirmou um morador em frente à sede da Câmara.

O uso da verba de gabinete inclui despesas com assessoria, materiais de escritório, telefonia, combustível, entre outros. No entanto, a falta de transparência sobre a destinação dos valores levanta suspeitas sobre o real impacto do reajuste para a atividade legislativa e os serviços prestados à população.

Nas redes sociais, o tema repercutiu amplamente, com críticas diretas à presidência da Câmara e apelos por maior fiscalização do Ministério Público sobre os gastos do Legislativo municipal.

Até o momento, nenhum vereador se pronunciou publicamente para justificar o aumento, mas a pressão popular cresce, sinalizando que o episódio pode ter desdobramentos políticos nos próximos meses.

Liderança do PT na Câmara pede prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro por lobby internacional contra ministros do STF

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5/23/25

Liderança do PT na Câmara pede prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro | Foto: Reprodução
A liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados protocolou nesta quinta-feira (23) uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão preventiva do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O pedido tem como base declarações e articulações do parlamentar em território estrangeiro, nas quais teria feito lobby junto a autoridades dos Estados Unidos para que fossem impostas sanções econômicas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o documento entregue à PGR, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro teria atuado nos bastidores para prejudicar representantes de um dos Poderes da República, o que os petistas classificam como uma ameaça ao Estado Democrático de Direito e possível crime contra a soberania nacional.

As ações de Eduardo Bolsonaro ganharam repercussão após entrevista à CNN Brasil, em que o deputado declarou ser "o deputado mais importante do Brasil" e defendeu a possibilidade de retaliações internacionais contra ministros do STF, acusando-os de "censura" e "perseguição política".

Para a bancada do PT, as atitudes do deputado configuram não apenas abuso de prerrogativas parlamentares, mas também atentado à ordem institucional e tentativa de coação contra membros da Suprema Corte brasileira por meio de influência estrangeira.

“Não se trata de opinião. Trata-se de uma ação concreta, organizada, com o objetivo de utilizar potências estrangeiras para intervir no funcionamento de instituições brasileiras”, afirmou um dos líderes petistas no Congresso, em nota oficial.

A PGR ainda não se manifestou publicamente sobre o pedido. Nos bastidores, integrantes do Ministério Público avaliam o caso com cautela, diante do potencial de gerar novo embate entre o Congresso e o Judiciário.

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